sábado, 31 de outubro de 2009

Sábio Sartre.

Você acredita que existe inferno? Onde conseqüentemente você encontraria o Diabo, os Diabinhos, grandes labaredas, espetos, brasas, foles de couro, correntes, muito calor, e etc...

Ah... só te falo uma coisa, não alimente essa imagem, porque o verdadeiro inferno é aqui, são as relações, é o OUTRO que sempre faz questão de estragar tudo que de bom construímos...! Elevo Sartre de um filósofo importante para um sábio a quem devemos muito.

Sarte embuído pela maior verdade que a humanidade já viu, disse:
"O Inferno São Os Outros!", sendo assim vivo o inferno diariamente. E vc?

Indicação de leitura: "Entre Quatro Paredes" - de Jean-Paul Sartre.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O Fundinho de Hoje e Sempre!


Por Eduardo Humbertto
Foto: Jorge H. Paul


O bairro que é objeto de nossa atenção a tantas edições deste jornal, nos é proporcionado redescobrir a sua memória nos detalhes mais saudosos, permeando docemente as nossas lembranças de um tempo que não volta mais, das pessoas, fatos, e causos que perduram através dos tempos. É com respeito e admiração que mais uma vez lançamos nosso olhar para este lugar que faz parte não somente da grande metrópole, mas acima de tudo da nossa história, temos em comum o bairro Fundinho como cenário dessa história que em partes pode ser contada em poucos minutos de passeio pelo lugar.
Hoje vejo o Fundinho como um quadro vivo que vai se modificando, gentilmente se adequando ao progresso, trazendo novas cores, rostos, histórias, idéias, construções, planos, e o entusiasmo que faz pulsar o coração da cidade, atraindo gente de muitas partes a fim de conhecer o aconchego que lhe é característico.
Tenho pouca idade, talvez por isso, busco muitas referências no passado para projetar o Fundinho no futuro, como será? Já parou para pensar? Quais os bens históricos que ainda estarão de pé daqui 50 anos? E as pessoas de agora serão lembradas? O carinho e atenção com o bairro serão os mesmo de hoje? Sou bastante otimista nestas questões, vislumbro um futuro com a total conservação do que temos hoje no que diz respeito à arquitetura e bens públicos, as pessoas que vivem aqui com certeza serão lembradas por terem cooperado na construção do bem estar comum. O carinho poderá ser até maior, devido ao referencial afetivo que o Fundinho se tornará também para as gerações vindouras. O bairro guarda muito mais do que a história da cidade, é guardião da alma de um povo, seu legado, seus costumes e suas conquistas.

FONTE: Jornal Fundinho Cultural, edição 13. Outubro 2009 - Ano VI. Uberlândia-MG

domingo, 4 de outubro de 2009

FALTA! Um breve desabafo.


Minhas últimas tentativas em escrever algo que não seja tão óbvio simplesmente fracassaram, por outro lado me satisfaço lendo textos de outras pessoas que escrevem coisas simples de uma forma poética e que realmente faz sentido para mim.
Ando pensando em muitas coisas, e nesse devaneio de memórias, lembrei de pessoas... Ah... aí a coisa apertou de um forma que eu não esperava, me bateu uma saudade muito grande de tantas pessoas que passaram pela minha vida. Tanto pessoas que já partiram para outra dimensão, quanto os que estão tão pertos fisicamente, porém longe, essa distância afetiva é o que mais me dói. Talvez desculpas como a correria do dia-a-dia e a falta de tempo sejam usadas para "explicar" este estado, que chamo de EXÍLIO DE NÓS MESMOS.
Este é a grande questão que o Teatro e a arte como um todo anda me trazendo nos últimos tempos como reflexão, o nosso EXÍLIO pessoal, as muralhas que construimos em torno de nós mesmos impossíveis de serem alcançadas por quem quer que seja, não nos preocupamos nem sequer em responder os gritos que ouvimos vindos do outro lado dessa muralha... É incrível como podemos fazer ligações com a nossa vida em todos os campos - sentimental, profissional, familiar, afetivo e etc... Onde está a sua muralha? Quem você faz questão de não responder quando ouve os gritos?
Sei também reconhecer quando utilizo esse 'exílio' propositalmente dando importância para uma melhor qualidade das minhas relações com outras pessoas, há casos em que as muralhas são as minhas armas, sei reconhecer isso... talvez seja algo que tenho que melhorar ainda... mas vou caminhando sempre.
A falta que sinto de algumas pessoas é muito grande, do convívio, de compartilhar alegrias, vivências, companheirismo... mas a vida é isso, as pessoas vem e vão, é assim não tem jeito... tenho que dosar meu sentimentalismo com mais otimismo, e agradecer pelo fato dessas pessoas terem passado pela minha vida e que estão aí seguindo o seu caminho... Ah não sei de mais nada... só queria mesmo desabafar.