terça-feira, 21 de dezembro de 2010

2010, o tempo que fica... [um relato]


O que se pode esperar de um ano que termina em dez? Talvez a resposta mais urgente e impulsiva seja que ele será dez, porém nem as melhores expectativas previam o que foi o ano de 2010.

Receio cair apenas nos adjetivos e não conseguir transpassar o que foi este ano em minha vida, um tempo incrível em praticamente todos os sentidos, de oportunidades únicas e especiais, de lugares novos e que já fazem parte da minha história de vida.

2010 veio para eu colocasse o pé na estrada e conhecesse esse Brasil a fora, norte a sul, leste a oeste, alcançando a incrível marca de mais de 16.848 km rodados, entre viagens de trabalho e outras fugas para retomar o fôlego e continuar as atividades.

Em uma noite inesquecível na Esplanada dos Ministérios conheci as “Dionisíacas” de Zé Celso e o seu Teatro Oficina, para mim uma experiência única e marcante como artista em formação, estar em comunhão com o teatro amparado nas mitologias grega, xamânicas, indígenas e africanas juntamente com uma lenda viva do teatro brasileiro me mostrou que eu não estava ali por acaso.

O teatro me levou a lugares que jamais imaginei ter contato tão cedo, a começar por Blumenau, uma cidade encantadora, seja pela ingenuidade de seus jardins ou no ritmo de vida que apesar de agitado não nos altera, me ensinou que a tempo de parar em uma praça e contemplar um belíssimo teatro, por exemplo, como o Carlos Gomes, e mais ainda descobrir quais os detalhes que uma cidade que nunca se teve proximidade podem ir se revelando aos poucos, seja numa lixeira, poste de luz ou a arquitetura alemã totalmente intacta.

Logo depois, aceitei aquela que foi a maior aventura de todos os tempos, fui buscar o teatro no lugar mais distante até então... PORTO VELHO, capital de Rondônia, sim, imagina... e sem verba para transporte aéreo, mas como nada é por acaso, enfrentei a aventura de peito aberto e com a confiança de sempre. Após dois dias e duas noites de viagem cheguei no ‘Amazônia Encena na Rua’, maior festival de teatro de rua do Brasil, aí foi um aprendizado atrás do outro, terra completamente nova e diferença da nossa Gerais, o calor típico da Amazônia é algo que realmente te impede até de pensar, mas nada que uma excelente piscina não resolva. Lá participei acidentalmente do meu primeiro festival de teatro, dois dias antes da apresentação entrei para substituir membros do grupo que não puderam viajar, um desafio e tanto, em se tratando da importância do Festival, e claro, não posso deixar de agradecer ao grupo Autônomos de Teatro pela confiança, e por juntos termos vencido esse grande desafio.
Conheci também o VERDADEIRO AÇAÍ, não me arrisquei nas comidas típicas amazônicas, mas pude me render ao açaí, essencialmente natural, preto e com gosto de barro, feito por índias e servido poucas horas antes da nossa apresentação no Festival.

A volta seria o maior aprendizado de todos, com enormes dificuldades técnicas com o transporte, quebramos próximo à cidade de Porto Esperidião no estado do Mato Grosso próximo à divisa com a Bolívia, sim, onde naquele momento estava acontecendo uma operação da Polícia Federal contra o tráfico de drogas e armas, a cidade estava sitiada, a população com medo até de sair na porta de casa, e até que nosso transporte voltasse à normalidade, ficamos lá sem informações concretas do que estava acontecendo, porém unidos, e aproveitamos a oportunidade, e tomamos a decisão de apresentar o espetáculo que havíamos levado ao “Amazônia Encena na Rua”, saímos pelas ruas da cidade, completamente vazias, cantando, batendo um bumbo e convidando as pessoas para assistirem ao espetáculo que em seguida iria acontecer na praça, lembro bem desse momento, as pessoas olhando desconfiadas pelas janelas e portas das casas, sem entender do que se tratava. Aos poucos as crianças foram se juntando e saíram batendo nas outras casas ainda fechadas convidando outras crianças para verem o teatro que tinha chegado. Foi um momento emocionante, pois senti na pele o quanto o teatro pode ser importante na vida das pessoas, e principalmente quando elas estão passando por momentos delicados, como era o caso. Apresentamos na praça, onde se juntou mais de 50 pessoas, a maioria crianças de várias idades, que se deliciavam com o que viam, participavam e se deixavam atingir pela nossa energia e boa intenção de levar um momento de descontração a elas.

Bem, depois desse momento tão memorável da minha vida, voltei para Uberlândia com grandes lições que só a vivência poderia me proporcionar.
Depois, voltei a alguns lugares importantes Salvador, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, todas as viagens muito produtivas e de crescimento artístico e pessoal. Por isso insisto em dizer que 2010 foi o ano das oportunidades, agarrei todas com afinco e aprendi muito com todas elas.

Este ano também foi o ano dos poemas, escrevi muito, produzi coisas interessantes, outras nem tanto, mas me atirei nesse universo da escrita sucinta e poderosa de sentidos, e o que me alegra é ver que as pessoas se identificaram com meus textos, e que eles serviram de vozes para estas pessoas externalizarem o que sentem. Para fechar o ano com chave de ouro, consegui algo que buscava já a algum tempo, um respaldo técnico sobre os poemas que escrevo, ele veio com o reconhecimento do III Prêmio Literário Canon de Poesia. Entre mais de 3.000 poesias inscritas, a minha “PROCURA-SE” foi uma das selecionadas para compor uma antologia poética que está sendo publicada e será lançada em São Paulo-SP no início de 2011. É o primeiro passo nesse rumo muito novo para mim, mas que espero vem com sucesso e traga bons frutos.
Esse foi apenas um recorte do que foi 2010, entre coisas muito boas, e ruins, faço uma avaliação positiva, resumindo em uma palavra: APRENDIZADO, e para terminar inseri abaixo um texto que recebi hoje de um amigo, que retrata o que andei pensando muito nos últimos dias... Boa leitura... E que venha 2011.


LIVRO NOVO

(Autor desconhecido)

Encerra-se mais um ano em sua vida...
Quando este ano começou, ele era todo seu.
Foi colocado em suas mãos...
Podia fazer dele o que quisesse...
Era como um Livro em Branco, e nele você podia ter um poema, um pesadelo uma blasfêmia, uma oração.
Podia...
Hoje não pode mais, já não é seu.

É um livro já escrito...
Concluído...
Como um livro que tivesse sido escrito por você, ele um dia lhe será lido, com todos os detalhes, e não poderá corrigi-lo.

Estará fora de seu alcance.
Portanto...
Antes que termine este ano, reflita, tome seu velho livro e folheie com cuidado...
Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela consciência;
Faça o exercício de ler a você mesmo.

Leia tudo...
Aprecie aquelas páginas de sua vida em que usou seu melhor estilo.
Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito.
Não...
Não tentes arrancá-las.

Seria inútil...
Já estão escritas.
Mas você pode lê-las enquanto escreve o novo livro que será entregue.
Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu, e evitar repetir as ruins.

Para escrever o seu novo livro, você contará novamente com o instrumento do livre arbítrio, e terá, para preencher, toda a imensa superfície do seu mundo.
Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije.
Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele e, a seguir, coloque-o nas mãos do Criador.

Não importa como esteja...
Ainda que tenha páginas negras, entregue e diga apenas duas palavras: Obrigado e Perdão!!!
E, quando o novo ano chegar, lhe será entregue outro livro, novo, limpo, branco, todo seu, no qual irá escrever o que desejar...

FELIZ LIVRO NOVO!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

III Prêmio Literário Canon de Poesia

"Canon divulga lista dos ganhadores da terceira edição do “Prêmio Literário Canon de Poesia”


"Fico muito feliz com o reconhecimento deste Prêmio, já há algum tempo esperava um respaldo mais técnico da poesia que estou escrevendo nos últimos tempos, este Prêmio veio justamente neste momento de busca e reflexão sobre a minha própria escrita. Fico ainda mais satisfeito em saber que o meu texto vai circular por este país à fora, essa é a grande alegria do escritor/poeta, ver a sua obra sendo analisada, degustada e apreciada por diferentes pessoas e lugares." - Eduardo Humbertto


Empresa elegeu os 50 melhores textos que serão publicados no livro de poesias feito em parceria com a Fábrica de Livros
A Canon, empresa japonesa especializada no desenvolvimento de tecnologias de gerenciamento de documentos e de imagem, anuncia os vencedores do “III Prêmio Literário Canon de Poesia”, realizado em parceria com a Fábrica de Livros e a Editora Scortecci. Foram escolhidos os 50 melhores textos, que serão reunidos em um livro a ser lançado nos primeiros meses de 2011.

Com tema livre, o concurso, que teve sua abertura na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo e aconteceu entre 13 de agosto e 30 de setembro, recebeu mais de 3 mil inscrições. Os finalistas foram escolhidos por uma comissão julgadora, composta por profissionais de renomado prestígio literário e cada vencedor receberá dez exemplares da obra e contará ainda com a divulgação e promoção da antologia pela Canon nas suas ações de Marketing e Propaganda, no período de um ano.

“O objetivo desse concurso é revelar talentos, promover a literatura e difundir a impressão digital de livros no país e a cada ano estamos conseguindo movimentar muitas pessoas e desenvolver neles o interesse cultural”, afirma Jun Otsuka, presidente da empresa no Brasil.

Confira os nomes dos poetas vencedores do III Prêmio Canon de Poesia:


Alam Cristian Arezi – Porto União/SC
Allan Pitz Ribeiro de Souza - Rio de Janeiro/RJ
Almir Guilhermino da Silva - Marechal Deodoro/AL
Altair dos Santos Paim - Salvador/BA
Ana Karina Pereira dos Santos Soares - Recife/PE
Ana Laura Dimas de Freitas Rabelo - Belo Horizonte/MG
Arthur Rodrigues Clemente - São Paulo/SP
Augusto Barros Mendes - Niterói/RJ
Augusto de Oliveira Junior - Macapá/AP
Benedito Cirilo dos Santos Filho - S. G. do Sapucaí/MG
Bruna Souza de Oliveira - Novo Hamburgo/RS
Carlos Eduardo Marcos Bonfá - Socorro/SP
Carlos Oliveira Rodrigues - Sobral/CE
Carlos Roberto da Rosa Rangel - Santa Maria/RS
Eduardo Francisco Jaques Neto - Torres/ RS
Eduardo Humberto Ferreira - Uberlândia/MG
Elaine Vincenzi Silveira - São Paulo/SP
Eleni Carvalho - Diadema/SP
Francisco Carlos Pereira - Araçatuba/SP
Gabriele Nunes Moraes - Uberaba/MG
Haydée Schlichting Hostin Lima - Santa Maria/RS
João Carlos de Oliveira - Teixeira de Freitas/BA
Jonatan Gracioli do Amarante - Cianorte/PR
José Guaicurus Mendes dos Santos - Guapimirim/RJ
Leila Maria Rodrigues Daibs Cabral - Mogi das Cruzes/SP
Luciana Slongo - Herval d’Oeste/SC
Luiz Carlos da Silva - Campo Mourão/PR
Luzia Stocco - Piracicaba/SP
Manoel Vinícius da Mata Souza - Ourinhos/SP
Márcia Cristina Lio Magalhães - Fortaleza/CE
Maria Anabel Siqueira Sampaio - São Paulo/SP
Mario Donizete Massari - Sertãozinho/SP
Mariza Baur - São Paulo/SP
Marlene Edir Severino - Itajaí/SC
Marlene Rozina Feltrin - Farroupilha/RS
Matheus Jacob Barreto - Cuiabá/MT
Nielson Torres Costa - Taguatinga/DF
Paulo da Mata-Machado Jr. - Brasília/ DF
Priscila Costa Lopes - Florianópolis/SC
Raimundo de Moraes - Recife/PE
Rosane Catarina de Castro - Belo Horizonte/MG
Roselaine Dias da Cruz - São Paulo/SP
Sergio Luiz Moreira - Rio de Janeiro/RJ
Tatiana Oliveira Druck - Porto Alegre/RS
Terezinha Bertazzi Costa - Campinas/SP
Varidiana Ribeiro Mercatelli - São Paulo/SP
Vilmar Ferreira Rangel - C. dos Goytacazes/RJ
Walter Luiz Jardim Rodrigues - Belém/PA
William Lima Glins - Rio de Janeiro/RJ
Zanny Adairalba Dantas de Góes - Boa Vista/RR

Sobre a Canon
Com marca registrada em mais de 140 países e faturamento na ordem dos US$ 34 bilhões, a CANON se destaca pelo desenvolvimento de tecnologias de gerenciamento de documentos e de imagem, e pela fabricação de uma ampla variedade de produtos que vão desde câmeras, copiadoras e impressoras, até equipamentos ópticos para a indústria de semicondutores e lentes profissionais para broadcasting. A empresa é a segunda maior dos Estados Unidos em número de patentes e sustenta um investimento diário de 6 milhões em pesquisa e desenvolvimento. No Brasil desde 1974, a Canon conta com infra-estrutura própria com mais de 200 colaboradores e uma rede de revendas responsável pela distribuição de toda a linha de soluções corporativas. A empresa oferece ao mercado brasileiro um portfólio com mais de 50 produtos entre multifuncionais, copiadoras, fax e scanners. Hoje, mais de 67% do faturamento mundial da companhia provém dessas soluções.

Sobre a Fábrica de Livros
Nascida em janeiro de 2008, a Fábrica de Livros oferece ao mercado editorial soluções para captura, manuseio, impressão, acabamento, logística e comercialização de serviços gráficos. É uma empresa direcionada exclusivamente ao mundo do livro, voltada ao mercado editorial brasileiro e aos autores que queiram publicar seus livros de forma independente. Sob a premissa de ter foco no “foco do cliente”, a Fábrica de Livros tem sua atuação posicionada em produções de livros em pequenas tiragens e sob demanda. Para editoras, a Fábrica de Livros prepara, produz e comercializa em baixas tiragens ou um único livro se necessário, viabilizando a produção e a comercialização de livros do fundo de catálogo, on demand, sob o conceito da “cauda longa”. O objetivo da Fábrica de Livros é ser líder no segmento em que atua, com crescimento sustentável por meio do compartilhamento de esforços e resultados com parceiros de negócios, do constante desenvolvimento tecnológico e do capital humano.

Mais informações em: http://www.fabricadelivros.com.br.

(FONTE: http://www.canon.com.br/ )

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Vagante

[Trecho do Poema]

Ao cessar dos olhos,
a imaginação vaga,
a cronologia desamparada
não pisa no chão,
flutua em um lugar
[que não existe]...

02/12/2010
Às 11:19h
Uberlândia-MG

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Poema do Pranto

Por Eduardo Humbertto


[Trecho do Poema]

Posso chorar hoje?
Amanhã talvez não haverá mais tempo.
O pranto explode
em gestos agridoces,
a poesia se encontra aí
nas entrelinhas transparentes
tão cheias de sentido.

21/10/2010
Às 15:05h
À caminho de Brasília-DF

domingo, 17 de outubro de 2010

Foco... (DES) foco

Por Eduardo Humbertto

[Trecho do poema]...

A imagem é borrada
e o foco impreciso,
necessito realmente enxergar?
Acho que não, mas insistem...


14/10/2010
Às 11:42h
Uberlândia-MG

sábado, 2 de outubro de 2010

Ruir-se



[Trecho do poema...]

O outro rui,
minha casa rui,
meu cachorro rui,
o Ravel na prateleira rui,
por conseqüência o meu ser também rui,
respiro a poeira que está sob a cômoda,
tão dissimulada e parada
que contamina e faz o tempo impreciso...

*Poema inspirado livremente no universo da obra de Samuel Beckett (dramaturgo e escritor irlandês)

02/10/2010
Às 17:05h
Uberlândia-MG

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Pausa


[Trecho do poema...]

Pausa,
Anda,
Pausa, encontra o eixo, anda pela rua e sente a morte,
O mesmo que chega não é o mesmo que saiu.

Águas do céu borram as verdades
e os segredos escorrem dos meus pés, sujando o caminho...


30/09/2010
Às 14:40h
Uberlândia-MG

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sobre Nostalgia...

"Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais..."

AVANTE!...
(Autoria desconhecida)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Vontade


[Trecho do poema...]

Sentimentos tolos me impregnam,
Caem sempre nas mesmas armadilhas...
Vêm à tona como se fossem sempre bem-vindos...
Não são, definitivamente...


16/09/2010
21:39h

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Escrever é domesticar a morte

Por Shyrley Pimenta

Mesmo não tendo o monopólio da iluminação, quando escutamos cuidadosamente a nós mesmos, caímos em silêncio, abatidos pelo peso da descoberta: é complicado lidar com incertezas, mistérios, dúvidas, sobretudo para aqueles de nós que se baseiam estritamente na razão, na aparência dos fatos, na busca forçada por uma paz, semelhante à dos cemitérios. Talvez por isso, o poeta Charles Baudelaire tenha escrito: corremos para nos perder na multidão, por temor de não poder suportar-nos a nós mesmos.

Também por isso, a escrita se revela uma via de salvação. Escrever é evocar fantasmas, relembrar lugares, pessoas conhecidas, amores, amigos. Escrever é uma forma alternativa de conjurar nossos medos. A escrita possibilita tematizar a vida através de palavras e imagens, configurando uma forma de responder às frustrações e derrotas cotidianas.

Escrever é destrinchar a estrutura do real, esse mistério complexo, sutil, pleno de matizes desconcertantes. Escrever é uma forma de lidar com as perdas. É dar cor e voz aos impulsos paradoxais do desejo humano, que ultrapassa os limites do socialmente aceito e conveniente. Escrever é afirmar Eros, a vida, e também seu contrário, Tânatos, a morte. Escrever é reafirmar a verve crítica e libertária, avessa a conformar-se aos interesses menores do lucro, do conforto, das conveniências.
Escrever é metamorfose. É triunfo da vontade, do desejo de ser mais, de criar e experimentar dimensões novas, de si e do outro. Não se escreve por acaso. Por um acaso vazio e sem sentido. Escreve-se por destino. Por uma necessidade intrínseca e profunda de mudança, renovação. Escreve-se para barrar a desfiguração crescente do homem, da natureza, característica da existência moderna, turbulenta, excessiva, veloz e caótica.

Escrever é acercar-se do inusitado, é combinar de modo insólito as palavras para penetrar sem rodeios na alma humana, despidos de quaisquer moralismos, sobretudo daqueles que nos foram introjetados na infância, para aceitar a arte, a beleza da arte, sem preconceitos. Escrever é abandonar a contemplação medíocre da vida bem comportada, para transformar-se num arquiteto do absurdo, do impossível.

Daí a relutância em festejar a autoajuda ou a panfletagem, travestidas de literatura. Só a literatura é capaz de romper o cerco que aparta arte e vida, restituindo o sentido pleno às experiências vividas, aproximando-nos do fascínio da natureza, a ponto de desejarmos nela dissolver-nos (afinal, é esse nosso destino último), como diria Cesare Pavese (1908-1050): “Eis-me pedra, umidade, fumaça, sumo de fruta, vento...”

Escrever é selecionar palavras carregadas de destino. É evocar a longínqua infância, única idade verdadeiramente humana e autêntica, porque faz do amor o peso da existência, núcleo remoto de sentimentos, de fantasias, “cujos fogos só se iluminam bem sob o luto fechado da noite”, diria Baudelaire. Entretanto, a infância é apenas um instante vertiginoso que cintilou, brevemente, e se perdeu no tempo. Mas escrever é auscultar esse tempo perdido, é uma forma de lançar à existência um demorado olhar clínico, é a arte de contrapor-se, com coragem, a qualquer projeto de aniquilação, fruto da crueldade humana. Escrever é domesticar o medo. Escrever é domesticar a morte.

Shyrley Pimenta é psicóloga clínica
Fonte: Jornal Correio de Uberlândia - 31/08/2010
http://www.correiodeuberlandia.com.br/?tp=coluna&post=20761&uid=37

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Passagem...

Eis que chega o melhor dia do ano...
O tão esperado por mim: 02 de setembro. É muito mais do que simplesmente comemorar um aniversário, é ter a certeza de que tudo até hoje valeu muito a pena, e que a possibilidade de dar continuidade é um presente sem tamanho.
Chega os 21, agora sou adulto perante os olhos da sociedade, não que nessa altura da vida a idade faça tanta diferença, mas sinto como uma passagem, uma nova porta que se abre na minha história... vejo que com tão pouca idade, já consegui realizar muitas coisas, umas por mérito, outras por sorte e outra mais por presente do destino.
Tenho a plena consciência de que não alcancei nada sozinho, e guardo com toda atenção os que me ajudaram e influenciaram para que me tornasse o que sou hoje, e resultará no que poderei ser amanhã...

Estou feliz, e espero que a nova idade, traga consigo o que eu realmente precisar para me tornar uma pessoa melhor.

Obrigado a todos pelas manifestações de carinho e atenção.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Deliriu(s)

Por Eduardo Humbertto

[Trecho do poema...]

Escrever me parece
tão pertinente.
Contudo, as idéias se embaralham
e meu ponto de vista
torna-se camaleônico.

26/08/2010
Às 10:19h

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

PROCURA-SE

Por Eduardo Humbertto

[Trecho do poema...]

Nesta busca me perco,
E os detalhes me distraem,
Tirando-me a noção do todo,
Do que é divino, profano e acima de tudo essencial.


09/08/2010
13h22min
Uberlândia-MG

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A primeira crítica teatral

Divido com vocês o texto que considero a minha primeira crítica teatral publicável,
tanto é que já foi, no Jornal 'Diário de Classe' Teatral, organizado por Mª do Perpétuo Socorro Calixto Marques. BOA LEITURA.

INVEJA DOS ANJOS: O EQUILÍBRIO DA CONCEPÇÃO

O nome nos faz viajar no que poderia ser a temática do espetáculo, mas nenhum devaneio poderia adiantar o que o Armazém Cia. de Teatro do Rio de Janeiro traria à cena com ‘Inveja dos Anjos’, na direção de Paulo de Moraes.

A escolha do título da obra é um dos acertos na concepção do espetáculo como um todo, além de profundo, é bastante significativo dentro do contexto da ação dramática desenvolvida. A dramaturgia de Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes é consistente e bem elaborada tornando-se uma ligação instantânea com o público, este que embarca em uma viagem introspectiva dos seus sentimentos mais pessoais e que a todo o momento são trazidos à tona, seja em uma palavra ou frase inteira.

O texto seduz, envolve, emociona e revigora, é um ponto de destaque no trabalho, a palavra trazida nos diálogos pulsa além do texto em si. “A memória é uma prisão.” O que uma simples frase como esta pode despertar em um público ávido pela experiência de troca que só o teatro proporciona? É um convite imediato a olhar para si mesmo e identificar passagens, lembranças e pessoas que nossa memória não deixa escapar, é acima de tudo trazer a consciência do que estamos guardando e o porquê disto, consequentemente a reflexão é inevitável. Há também de se considerar o modo como a dramaturgia é encenada, é notável os alicerces sólidos na pesquisa temática e formal da companhia.

A dramaturgia sugere ainda uma identificação imediata com situações vividas pelos personagens, muito enraizadas nas lembranças que cada um de nós tem e que em algum ponto se entrelaçam e despertam sentimentos submersos. Os atores, formidáveis em seus papéis, contribuíram para que o espetáculo mostrasse um aspecto de alteridade, sendo assim, ver as histórias, os conflitos, as contradições, os desesperos e as epifanias do outro, repercute de uma forma que nos vemos nos personagens e suas trajetórias, e internamente buscamos uma melhor maneira de lidar com isso.

O cenário insere em destaque os trilhos de uma ferrovia que se estende na verticalidade, dando uma maior dimensão ao espaço cênico, a iluminação bem pontuada se harmoniza com as transições do maquinário que entram e saem pelas laterais de forma bem colocada. Isso mostra um grande caráter funcional, onde o que está posto corresponde ao que está sendo encenado.

A sonoplastia vem de encontro ao reforço das lembranças que permeia os personagens, contempla a beleza e harmonia das cenas nos presenteando com emoções fortes. Tudo isso se deve à fluência que existe no grupo já consolidado, que passa pela generosidade em cena, o desejo de somar as potencialidades individuais e o mais importante deixar claro no contexto da cena o quanto aquilo que estão fazendo realmente os tocam, tornando ‘Inveja dos Anjos’ um espetáculo para ser contemplado muitas vezes.

Texto, direção, atuações, cenário, figurino, trilha sonora e iluminação fazem desta montagem do Armazém Cia. de Teatro uma referência no teatro brasileiro dos últimos tempos. A matéria prima do teatro é o ser humano em todas as suas atribuições, isto transposto à cena de maneira poética – como foi ‘Inveja dos Anjos’ - sempre será um convite a apreciar uma obra de arte teatral.

Eduardo Humbertto
Aluno do 6º período do Curso de Teatro da Universidade Federal de Uberlândia

* HUMBERTTO, Eduardo. Inveja dos Anjos: O equilíbrio da concepção. Jornal Diário de Classe Teatral. Curso de Teatro - UFU. nº1. Junho/2010, pg 06.

terça-feira, 29 de junho de 2010

(EGO)... ismo

Por Eduardo Humbertto

[Trecho do poema...]

Exílio voluntário,
quero sentir o vazio que preenche,
sentir no último grau
o que é necessário.

02/06/2010 às 14h52min
Brasília-DF

Regresso!

Caros Leitores...
Desculpem-me a falta de tempo de postar aqui, aconteceram tantas coisas de um mês pra cá, juntando com final de semestre da faculdade e tudo mais...
Mas, o importante é que agora estou de volta, e muito a fim de escrever, afinal, as férias estão chegando... não que seja sinôimo de descanso, mas tem muita coisa boa junto...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

1ª Performance



Ação Performática Autobiográfica
Inspirado no poema "A Lucidez Perigosa" de Clarice Lispector.

O que em você está escrito [em.letras.minúsculas]???

Conto com a presença de vocês.
Abraços.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A Lucidez Perigosa - Clarice Lispector


Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.

Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.

Pois sei que
- em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade
- essa clareza de realidade
é um risco.

Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve
para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
eu consisto,
amém.

sábado, 27 de março de 2010

Sorriso Ausente

[Trecho do poema...]

Eu não te conhecia,
nem mesmo sabia de tua existência,
mas a sua súbita partida
me fez parar,
parar por um momento
e lembrar que vivo num lugar
de desamor e seres doentes,
o que sempre procuro esquecer
para conseguir seguir em frente.

18/04/2008 - 22:34h
Poema dedicado à Isabella Oliveira Nardoni

segunda-feira, 22 de março de 2010

Inveja dos Anjos: O espetáculo de uma vida.


O teatro mais uma vez se faz presente na minha vida de uma maneira posso dizer até transcedental... o espetáculo "Inveja dos Anjos" do Armazém Cia. de Teatro veio no momento mais propício possível. Foram quase duas horas de uma troca formidável, me emocionei em muitos momentos, pois me via nas situações que os personagens viviam... enfim, tudo fazia um sentido absurdo. Isso sem falar no texto... o que era aquilo?... há muito tempo um texto no teatro não fazia sentido para mim, ultimamente quando assistia uma peça outros aspectos me chamavam a atenção, menos o texto... agora com "Inveja dos Anjos", o texto foi um ponto alto dentro de um conjunto de acertos do grupo na concepção como um todo. Muito merecidos os Prêmios Shell de Melhor Texto e o de Melhor Atriz para Patrícia Selonk.
QUERO ASSISTIR DE NOVO!

Recomendo: "Inveja dos Anjos"... do Armazém Cia. de Teatro. Leia a crítica que escrevi: http://laboratoriodacritica.blogspot.com/2010/03/inveja-dos-anjos-o-equilibrio-da.html

Veja esse vídeo abaixo com alguns momentos do espetáculo.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Frase solta que vale guardar.

"em viagens incessantes por mim mesmo, descubro respostas curiosas à pergunta redefinidora; 'quem sou eu?', mas todas essas respostas não passam de esboços mal-feitos, tentativas frustradas de desenhar perfis incolores de alguém que realmente não se dá ao luxo de simplesmente existir." - Diego Lanza.

Frase inspirada na vida e obra de Clarice Lispector.

Eu preciso falar mais alguma coisa?

Nada de Insensatez!

Talvez seja o tempo de pensar, mas pensar anda me enchendo o saco. Como é insensato lidar com os sentimentos, os nossos sentimentos mais íntimos, isso me cansa de uma maneira muito profunda e nada reparadora. Talvez influenciando no meu ritmo normal de vida, fazendo tudo ficar mais lento, mais pesado... a paciência se esvai, mas eu continuo aqui, acordado... Sartre me entenderia agora. O inferno além de ser o outro também está dentro de cada um, isso é terrível, mas é a realidade... como eu lido com ela? Ah... mas aí é querer saber demais.

Até qualquer hora.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Vai pro lixo agora.


Noite quente... muita coisa pra fazer, resolver...
Começei pelo guarda-roupa e principalmente pelos papéis... o que posso me desfazer agora? Ah... muita coisa... então que seja. Quero fazer a energia circular mais livre e transformadora na minha vida...
Vai pro lixo muita coisa que não me tem serventia nenhuma, será que devia ser sempre assim? Quando não tem utilidade vai direto para o descarte... mas com certeza algumas coisas na vida precisam ser assim, não tudo.

Ah... só vim deixar essa idéia mesmo!... "Antes de querer mudar o mundo, arrume o seu quarto."

Boa noite!
=]

segunda-feira, 1 de março de 2010

A Arte de Não Adoecer...

Por Dráuzio Varella

Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.

Se não quiser adoecer - "Tome decisão"
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de
aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie"
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste"
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Eu tô tentando

Eu tô tentando largar o cigarro
Eu tô tentando remar meu barco
Eu tô tentando armar um barraco
Eu tô tentando
Não cair no buraco...

Eu tô tentando tirar o atraso
Eu tô tentando te dar um abraço
Eu tô penando
Pra driblar o fracasso
Eu tô brigando
Pra enfrentar o cagaço...

Eu tô tentando ser brasileiro
Eu tô tentando
Saber o que é isso
Eu tô tentando ficar com Deus
Eu tô tentando
Que Ele fique comigo...

Eu tô fincando meus pés no chão
Eu tô tentando ganhar um milhão
Eu tô tentando ter mais culhão
Eu tô treinando prá ser campeão...

Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...

Eu tô tentando entrar em forma
Eu tô tentando enganar a morte
Eu tô tentando ser atuante
Eu tô tentando ser bom amante...

Eu tô tentando criar meu filho
Eu tô tentando fazer meu filme
Eu tô chutando prá marcar um gol
Eu tô vivendo de Rock'n Roll...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Já É

Sei lá...
Tem dias que a gente olha pra si
E se pergunta se é mesmo isso aí
Que a gente achou que ia ser
Quando a gente crescer
E nossa história de repente ficou
Alguma coisa que alguém inventou
A gente não se reconhece ali
No oposto de um déjà vu

Sei lá...
Tem tanta coisa que a gente não diz
E se pergunta se anda feliz
Com o rumo que a vida tomou
No trabalho e no amor
Se a gente é dono do próprio nariz
Ou o espelho é que se transformou
A gente não se reconhece ali
No oposto de um vis a vis

Por isso eu quero mais
Não dá pra ser depois
Do que ficou pra trás
Na hora que já é!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Caiu como uma luva...

"A vida insiste em ensinar e eu insisto em não aprender. Até quando vai essa queda de braço? Um dia ela desiste, e eu? como fico nisso tudo?"

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Poema Vicioso

Por Eduardo Humbertto
[Trecho do poema...]

Tenho medo do que escrevo,
orgulho talvez,
mas um anseio se mostra,
apenas meu ser o enxerga.

domingo, 24 de janeiro de 2010

VIDA SIMPLES

Por Eduardo Humbertto - 24/01/2010


[Trecho do poema...]

A VIDA É UMA PAISAGEM QUE PRECISA SER OBSERVADA,
SENTIDA,
OUVIDA,
ACARINHADA,
VALORIZADA,
CADA UM À SUA PRÓPRIA PAISAGEM...
MAS NADA IMPEDE QUE O VERDE, O VERMELHO,
O AMARELO DO OUTRO ME ENCANTE,
E ME INSPIRE A COLOCAR MAIS VIDA NO QUE ESTÁ DESBOTADO
NA TELA DA MINHA EXISTÊNCIA.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

VERBO LOUCURAR

Por Eduardo Humbertto – 21/01/2010


[Trecho do poema...]

TUDO RODA,
RODA NUM RITMO LOUQUÍSSIMO.
MINHA CABEÇA TEIMOSA,
BRIGA CONTRA TUDO...
O QUE ESTÁ POR VIR?
O ENTENDIMENTO ME FOGE.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Frase interessante.

"...Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo." - Clarice Lispector.

OBS: Talvez seja o que eu quero dizer para o mundo hoje.

2010 não é apenas mais um.