quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Pausa


[Trecho do poema...]

Pausa,
Anda,
Pausa, encontra o eixo, anda pela rua e sente a morte,
O mesmo que chega não é o mesmo que saiu.

Águas do céu borram as verdades
e os segredos escorrem dos meus pés, sujando o caminho...


30/09/2010
Às 14:40h
Uberlândia-MG

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sobre Nostalgia...

"Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais..."

AVANTE!...
(Autoria desconhecida)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Vontade


[Trecho do poema...]

Sentimentos tolos me impregnam,
Caem sempre nas mesmas armadilhas...
Vêm à tona como se fossem sempre bem-vindos...
Não são, definitivamente...


16/09/2010
21:39h

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Escrever é domesticar a morte

Por Shyrley Pimenta

Mesmo não tendo o monopólio da iluminação, quando escutamos cuidadosamente a nós mesmos, caímos em silêncio, abatidos pelo peso da descoberta: é complicado lidar com incertezas, mistérios, dúvidas, sobretudo para aqueles de nós que se baseiam estritamente na razão, na aparência dos fatos, na busca forçada por uma paz, semelhante à dos cemitérios. Talvez por isso, o poeta Charles Baudelaire tenha escrito: corremos para nos perder na multidão, por temor de não poder suportar-nos a nós mesmos.

Também por isso, a escrita se revela uma via de salvação. Escrever é evocar fantasmas, relembrar lugares, pessoas conhecidas, amores, amigos. Escrever é uma forma alternativa de conjurar nossos medos. A escrita possibilita tematizar a vida através de palavras e imagens, configurando uma forma de responder às frustrações e derrotas cotidianas.

Escrever é destrinchar a estrutura do real, esse mistério complexo, sutil, pleno de matizes desconcertantes. Escrever é uma forma de lidar com as perdas. É dar cor e voz aos impulsos paradoxais do desejo humano, que ultrapassa os limites do socialmente aceito e conveniente. Escrever é afirmar Eros, a vida, e também seu contrário, Tânatos, a morte. Escrever é reafirmar a verve crítica e libertária, avessa a conformar-se aos interesses menores do lucro, do conforto, das conveniências.
Escrever é metamorfose. É triunfo da vontade, do desejo de ser mais, de criar e experimentar dimensões novas, de si e do outro. Não se escreve por acaso. Por um acaso vazio e sem sentido. Escreve-se por destino. Por uma necessidade intrínseca e profunda de mudança, renovação. Escreve-se para barrar a desfiguração crescente do homem, da natureza, característica da existência moderna, turbulenta, excessiva, veloz e caótica.

Escrever é acercar-se do inusitado, é combinar de modo insólito as palavras para penetrar sem rodeios na alma humana, despidos de quaisquer moralismos, sobretudo daqueles que nos foram introjetados na infância, para aceitar a arte, a beleza da arte, sem preconceitos. Escrever é abandonar a contemplação medíocre da vida bem comportada, para transformar-se num arquiteto do absurdo, do impossível.

Daí a relutância em festejar a autoajuda ou a panfletagem, travestidas de literatura. Só a literatura é capaz de romper o cerco que aparta arte e vida, restituindo o sentido pleno às experiências vividas, aproximando-nos do fascínio da natureza, a ponto de desejarmos nela dissolver-nos (afinal, é esse nosso destino último), como diria Cesare Pavese (1908-1050): “Eis-me pedra, umidade, fumaça, sumo de fruta, vento...”

Escrever é selecionar palavras carregadas de destino. É evocar a longínqua infância, única idade verdadeiramente humana e autêntica, porque faz do amor o peso da existência, núcleo remoto de sentimentos, de fantasias, “cujos fogos só se iluminam bem sob o luto fechado da noite”, diria Baudelaire. Entretanto, a infância é apenas um instante vertiginoso que cintilou, brevemente, e se perdeu no tempo. Mas escrever é auscultar esse tempo perdido, é uma forma de lançar à existência um demorado olhar clínico, é a arte de contrapor-se, com coragem, a qualquer projeto de aniquilação, fruto da crueldade humana. Escrever é domesticar o medo. Escrever é domesticar a morte.

Shyrley Pimenta é psicóloga clínica
Fonte: Jornal Correio de Uberlândia - 31/08/2010
http://www.correiodeuberlandia.com.br/?tp=coluna&post=20761&uid=37

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Passagem...

Eis que chega o melhor dia do ano...
O tão esperado por mim: 02 de setembro. É muito mais do que simplesmente comemorar um aniversário, é ter a certeza de que tudo até hoje valeu muito a pena, e que a possibilidade de dar continuidade é um presente sem tamanho.
Chega os 21, agora sou adulto perante os olhos da sociedade, não que nessa altura da vida a idade faça tanta diferença, mas sinto como uma passagem, uma nova porta que se abre na minha história... vejo que com tão pouca idade, já consegui realizar muitas coisas, umas por mérito, outras por sorte e outra mais por presente do destino.
Tenho a plena consciência de que não alcancei nada sozinho, e guardo com toda atenção os que me ajudaram e influenciaram para que me tornasse o que sou hoje, e resultará no que poderei ser amanhã...

Estou feliz, e espero que a nova idade, traga consigo o que eu realmente precisar para me tornar uma pessoa melhor.

Obrigado a todos pelas manifestações de carinho e atenção.