segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

20 anos blue - Elis Regina ♫

Ontem de manhã quando acordei
Olhei a vida e me espantei
Eu tenho mais de 20 anos

E eu tenho mais de mil perguntas sem respostas
Estou ligado num futuro blue

Os meus pais nas minhas costas
As raizes na marquise
Eu tenho mais de vinte muros
O sangue jorra pelos furos pelas veias de um jornal
Eu não te quero
Eu te quero mal

Essa calma que inventei, bem sei
Custou as contas que contei
Eu tenho mais de 20 anos

E eu quero as cores e os colirios
Meus delirios
Estou ligado num futuro blue

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Vasto


[Trecho do Poema]

O ar comprimido
não me sustenta,
e o que vejo foge
da minha visão cotidiana,
a melodia ao fundo me
acalma,
alenta,
conforta,
tranqüiliza e
[me prende...]

Piso no desconhecido
e consigo ir mais longe...
não preciso alterar o passo,
no caminho surpreendente
retiro meus próprios obstáculos.


29/12/2010
Às 23:17h

domingo, 23 de janeiro de 2011

Encontro



[Trecho do Poema]

Com a poesia intrínseca
nos gestos, na feição e na atitude,
os tempos da minha vida são expostos,
com a dureza da verdade
e a libertação do auto conhecimento.


23/01/2011
Às 16:26h
Uberlândia-MG

Gentileza - Marisa Monte ♫

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca

Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza

Por isso eu pergunto
À você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria

O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o Profeta

http://www.youtube.com/watch?v=mpDHQVhyUrY&feature=player_embedded

sábado, 22 de janeiro de 2011

Salmo 23 (22)


Javé é o meu pastor.
Nada me falta.
Em verdes pastagens me faz repousar;
para fontes tranquilas me conduz,
e restaura as minhas forças.
Ele me guia por bons caminhos,
por causa do seu nome.
Embora eu caminhe por um vale tenebroso,
nenhum mal temerei, pois junto a mim estás;
teu bastão e teu cajado me deixam traqüilo.

Diante de mim preparas a mesa,
à frente dos meus opressores;
unges minha cabeça com óleo,
e minha taça transborda.
Sim, felicidade e amor me acompanham
todos os dias da minha vida.
Minha morada é a casa de Javé,
por dias sem fim.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Jóia de um povo - o coração da metrópole que pulsa vida


Meus pés pisam firme neste chão,
os olhos se perdem nos detalhes,
meus braços querem abraçar o que já não existe mais
são os fragmentos de uma história que o tempo devorou.

Reviro o baú precioso da nossa história,
encontro a jóia mais antiga e relucente...
é o Fundinho, nosso começo ancestral,
do presente borbulhante
e futuro da recriação contínua.

Fundinho - o berço da gente -,
é o aconchego de estar em casa,
A beleza de vislumbrar suas edificações,
onde o hoje se harmoniza com o ontem,
é inspirador andar por suas ruas cheias de história.

Continuarás guardado sempre
como a jóia mais preciosa de um povo,
que se orgulha de aqui viver
e continuamente se encantar
com o seu charme e poesia .


Texto: Eduardo Humbertto
Quadro: Hélvio Lima, Coreto, 2006.
FONTE: Jornal Fundinho Cultural, edição 15. Março 2010 - Ano VII. Uberlândia-MG

domingo, 16 de janeiro de 2011

1º Concurso de Poesia BELACOP LIVROS!


Caros leitores/amigos,

Venho dividir com vocês mais uma conquista literária que obtive hoje. Se trata do 1º Concurso de Poesia BELACOP LIVROS. Fui um dos selecionados para compor uma publicação da editora paulistana Belacop, a ser lançada no próximo mês em São Paulo-SP.
O responsável pelo reconhecimento foi o poema "Ruir-se", que escrevi no ano passado enquanto tomado pelos estudos do universo da obra de Samuel Beckett, por conta da montagem do espetáculo "Fim de Partida" do qual fiz parte. O poema também foi inserido no programa do espetáculo, sendo assim, todos que assistiram possuem um exemplar.

Parte do programa do espetáculo "Fim de Partida".


E vamos seguindo em frente... o ano está apenas começando.
Abraços, e aguardem novos textos.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Verbos


[Trecho do Poema]...

Nas verbalidades implícitas,
saio em busca da compreensão que não existe.
A subjetividade guia uma mente que não descansa
[e ponto.]


14/01/2011
Às 12:25h
Uberlândia-MG

domingo, 9 de janeiro de 2011

Parto


[Trecho do poema]...

Aprecio quando o poema
Tenta um diálogo antes de vir à tona.
Mesmo sem precisão,
ele me diz como quer ser visto.

04/11/2010
Às 11:08h
Uberlândia-MG

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

De Largo da Matriz à Praça Cícero Macedo – o nosso marco zero

Por Eduardo Humbertto


Parte das antigas terras de D. Francisca Alves Rabelo, a Praça Cícero Macedo, está totalmente diferente de seus primórdios, e permeia memórias alegres - não muito distantes - da minha infância, lá aprendi a andar de bicicleta, - idos tempos em que as crianças brincavam fora de casa -, percebia desde cedo se tratar de um local importante para a cidade, mas não entendia o quanto.

Cenário de inúmeras alterações que o tempo, as pessoas e as circunstâncias foram responsáveis, a praça permanece ali como se nenhuma transformação a tivesse abalado. Estar nela é experienciar o quanto a história é dinâmica e surpreendente.

A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo - onde meus avós selaram um casamento que durou por toda uma vida -, só existe no quadro da sala de jantar, apreciá-lo é uma viagem no tempo de ruas sem calçamento, transeuntes que povoavam o imaginário da pequena Uberabinha, e mais ainda, é sentir a presença de um passado remoto, mas que ressurge como um enredo que pulsa e não quer ser apagado.

Até bem pouco tempo os moradores do entorno da praça enfrentavam problemas de ordem pública, se tratava do uso errôneo do espaço por parte de jovens para festas nas madrugadas, com bebidas, muito barulho, o que levava ao desrespeito à lei do silêncio e da ordem. Em virtude disto, um Termo de Ajustamento de Conduta foi firmado entre os moradores, Prefeitura Municipal, Ministério Público Estadual, Polícia Militar e representante do mercado situado na praça, para restringir as atividades das 5h às 24h com rondas diárias da Polícia Militar, e conseqüentemente cessar o comportamento equivocado dos jovens. A medida se mostra eficaz e está trazendo tranqüilidade aos moradores.

Existe pendente a execução de um projeto de revitalização da praça, evidenciando ali o marco zero da pacata São Pedro de Uberabinha que se tornou a Uberlândia moderna, progressista e ambiciosa. Aguardamos muito por este momento de perpetuação de um espaço tão importante para a nossa memória, e que as futuras gerações possam ler a história da cidade apenas transitando pelas ruas e praças do bairro Fundinho, e não somente pelos livros ou histórias contadas pelos mais vividos.

FONTE: Jornal Fundinho Cultural, edição 18. Dezembro 2010 - Ano VII. Uberlândia-MG