-->> III PRÊMIO LITERÁRIO CANON DE POESIA 2010
São Paulo - SP
Poema: PROCURA-SENos campos sinuosos da vida,
Estou
à procura,
Sem
saber do quê.
A
pesquisa do que pode ser
É
lenta, dolorosa, reflexiva, e até compensadora...
Cada
passo neste caminho tão surpreendente,
É
uma nova possibilidade que se abre,
Um
novo modo de se enxergar,
E
se preparar para o que pode vir.
Nesta
busca me perco,
E
os detalhes me distraem,
Tirando-me
a noção do todo,
Do
que é divino, profano e acima de tudo essencial.
Esse
estágio etéreo, e talvez imutável, pois que seja.
Exaltam
os caminhos por onde já passei,
Deixando
a mostra tudo o que é plausível,
E
daqui em diante?
Não
aceito expectativas que não sejam as minhas,
O
bem e o mal é apenas um ponto de vista,
Procurar e não
encontrar é tolerável.____________________________________________
-->> 1º CONCURSO DE POESIA BELACOP LIVROS
São Paulo - SP
Poema: RUIR-SE
Nas ruínas indeléveis
Da minha memória
Avisto outras ruínas paralelas,
tão próximas e firmes
que causam impossibilidade,
e o caos se aconchega como criança.
O outro rui,
minha casa rui,
meu cachorro rui,
o Ravel na prateleira rui,
por conseqüência o meu ser também rui,
respiro a poeira que está sob a cômoda.,
tão dissimulada e parada
que contamina e faz o tempo impreciso...
Estar sob a eminência de desabar
Não faz dessas ruínas medrosas,
Mas sim, muito autoconfiantes de si...
Vejo que o jogo se torna impossível
E o que me resta?
Minha visão é o espelho ditador,
o [único] dever é através dele
enxergar um mundo em que nada se mexe.
A brisa que transpassa é inútil...
A lei é continuar.
Continue.
_________________________________
Poema: Pausa
A cada passo
gero um compasso
e o verso se completa.
Melhor dizendo,
se finge completar,
ele é igual ao seu dono...
[imperfeito, insolente, inacabado]
Pausa,
Anda,
Pausa, encontra o eixo, anda pela rua e sente a morte,
O mesmo que chega não é o mesmo que saiu.
Águas do céu borram as verdades
e os segredos escorrem dos meus pés, sujando o caminho.
Os meus rastros compõem uma trajetória,
o caminho só existe quando eu passo...
Os infortúnios trazem alento,
Quero entrar, bater a porta,
e sonhar o que não pode acontecer agora.
____________________________________________
-->> PRÊMIO SESC DE POESIA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (SESC-DF)
Poema: Vocalidades
Poema: RUIR-SE
Nas ruínas indeléveis
Da minha memória
Avisto outras ruínas paralelas,
tão próximas e firmes
que causam impossibilidade,
e o caos se aconchega como criança.
O outro rui,
minha casa rui,
meu cachorro rui,
o Ravel na prateleira rui,
por conseqüência o meu ser também rui,
respiro a poeira que está sob a cômoda.,
tão dissimulada e parada
que contamina e faz o tempo impreciso...
Estar sob a eminência de desabar
Não faz dessas ruínas medrosas,
Mas sim, muito autoconfiantes de si...
Vejo que o jogo se torna impossível
E o que me resta?
Minha visão é o espelho ditador,
o [único] dever é através dele
enxergar um mundo em que nada se mexe.
A brisa que transpassa é inútil...
A lei é continuar.
Continue.
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Poema: Pausa
A cada passo
gero um compasso
e o verso se completa.
Melhor dizendo,
se finge completar,
ele é igual ao seu dono...
[imperfeito, insolente, inacabado]
Pausa,
Anda,
Pausa, encontra o eixo, anda pela rua e sente a morte,
O mesmo que chega não é o mesmo que saiu.
Águas do céu borram as verdades
e os segredos escorrem dos meus pés, sujando o caminho.
Os meus rastros compõem uma trajetória,
o caminho só existe quando eu passo...
Os infortúnios trazem alento,
Quero entrar, bater a porta,
e sonhar o que não pode acontecer agora.
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-->> PRÊMIO SESC DE POESIA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (SESC-DF)
Brasilia-DF
(Finalista)
Poema: Vocalidades
As
palavras pecam
pelo
excesso de sinceridade.
Como
um ‘repeat’ quebrado
as
facetas de uma mesma voz
me
enlouquecem...
As
nuances trazem
a
fragilidade como sub-texto,
e
mais uma vez
acredito
em tudo,
atribuindo
um atestado de
[confiança].
O
tempo, o vento e a vida
não
permitem que as palavras fiquem,
apontam
para o lado
[oposto]
e
esperam a minha reação.
Ah!
Se ao cessar dos olhos
o
silêncio fosse pleno.
Não
foi, não é e nunca será.
O
que é vivo no coração
lateja
por todos os poros em ondas sonoras de esperança.
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