sexta-feira, 20 de março de 2009

Vivências do dia de hoje.

Essa semana, apesar de muito corrida e com muitos afazeres, eu tirei para mim, abri mão de aulas para fazer duas oficinas que realmente só me fazem agradecer a Deus pelos encontros que tive... tanto na oficina 'Sambas, Sambinhas e Sambacanas' com a encantadora cantora Babaya quanto na oficina 'Música de Corpo e Alma' com o simpático cantor Anthonio (que termina amanhã)...
São momentos que eu parei um pouco de preocupar com coisas banais e me concentrei em mim, e no que estava vivendo.
Hoje fechamos a oficina 'Sambas, Sambinhas e Sambacanas' com um agradável show de Samba no Bloco 3M da UFU, experiência única, e inesquecível foi estar no palco com um grupo de pessoas super gente fina e cantando o melhor do samba, tinha momentos que eu não acreditava que eu estava ali vivendo aquilo, foi mágico e transformador, alimentou mais a minha fome por samba, pelo Brasil, pela minha brasilidade, pelas minhas raízes... me apropriei de vez do que também é meu...
Agradeço à Babaya e ao Anthonio por através dessas oficinas me proporcionar tais experiências e por querer estar junto de nós, isso tbm é muito importante de ser falar...
Estou muito bem comigo, e após tantas coisas boas juntas, fica o lado ruim que é ter terminado... mas de que nos vale a memória e a afetividade, senão para nos fazer reviver tudo o que guardamos com carinho no coração?... Guarde sempre seus momentos, e lembre deles periodicamente para nunca esquecer.



Cortejo do samba na UFU, na imagem estamos eu e Babaya.


Oficina 'Música de Corpo e Alma' com Anthonio.

quinta-feira, 12 de março de 2009

"Quanto mais conheço o Homem, mais admiro os cachorros..."



Uma frase importante que li essa semana e quero trazer para nossa reflexão: Pessoas inteligentes discutem idéias, pessoas medianas discutem fatos, E PESSOAS MEDIOCRES FALAM E CUIDAM DA VIDA ALHEIA!.
Não sei de quem é essa frase, mas gostaria de saber... é de uma capacidade absurda de síntese do ser humano.

Nos últimos tempos tenho me atentado a analisar as relações humanas, e sinceramente, é uma coisa que enlouquece qualquer um. Não tenho nenhum embasamento técnico ou científico para afirmar o que vos falo, mas possuo o mais importante que é a 'experiência prática'... vivo na pele - e acredito que todos vocês - o que o ser humano é capaz de fazer tanto para o bem quanto para o mal, as relações hoje estão arruinadas, e isso trás o notável motivo de valorizarmos os verdadeiros amigos, as pessoas que nos respeitam e que realmente querem crescem junto conosco, essa é a grande dificuldade do mundo contemporâneo ---> encontrar pessoas assim.
Tudo está muito na cara e ao mesmo tudo muito obscuro, as pessoas usam as outras a bel prazer, e jogam fora quando não tem serventia mais, é apavaronte quando você se defronta com essa situação, mesmo não acontecendo com você. E o pior de tudo é que em nome de uma 'paz mascarada', todos abrem mão da personalidade e de valores para esbanjar 'sorrisinhos' e 'cumprimentos' que trazem o sub-texto: Não me importo nem um pouco com você. Não me excluo disso, eu confesso que em nome de uma falsa harmonia acabo de deixando levar por essa conveniência... mas me deixo levar tendo a consciência do que é verdadeiro e do que é falso, e de um tempo pra cá estou selecionando momentos, pessoas e oportunidades para extrair a verdade de cada coisa, chega de dissimulação barata.
Fico pensando se cada um cuidasse da sua vida e respeitasse os demais, que mundo nós viveríamos??? Pensa... bom, mas o que é importante hoje é as pessoas saberem com quem vc está trepando, o dinheiro que você ganha, a marca que você veste, o carro que vc anda e etc... enfim. Cadê o respeito ao ser que nós somos???
Nossas qualidades não importam? O que podemos oferecer de bom também não importa??? Isso me revolta.
Conversando com mais pessoas, vejo que estas obervações não estão somente no meu foco, mas tem pessoas que também estão atentas e se revoltam com isso.
E vc, o que me diz? Ou não diz nada?

quarta-feira, 4 de março de 2009

Surpresa Agradável!

Já disse aqui em outras oportunidades, que o melhor de escrever, é encontrar pessoas que se identificam com o que vocês escreve, e nisso gerar um debate super interessante, isso definitivamente NÃO TEM PREÇO.
Em 11/02/2009 foi publicado um artigo meu no CORREIO de Uberlândia, sobre a revitalização do centro de Uberlândia e a possível demolição da Biblioteca Pública Municipal, foi um artigo que repercutiu muito positivamente, pois consegui mexer num ponto sensível de quem realmente tem amor e preocupação com Uberlândia.
A publicação desse meu artigo gerou, alguns dias depois a publicação de um outro, escrito pelo jornalista Alberto de Oliveira, que realmente me sensibilizou, não por reafirmar o que eu já havia dito, mas mostrar um outro lado da nossa história que não pode ser simplesmente apagado, como iria ser feito.

Disponiblizo abaixo o artigo de Alberto de Oliveira, que foi publicado na coluna 'Ponto de Vista' do CORREIO de Uberlândia do dia 19/02/2009.


ERA UMA VEZ UM ENGENHO...

“Lendo o CORREIO de 11/1/2009 concordei com o Ponto de Vista escrito pelo jovem Eduardo Humberto Ferreira, cujo título me chamara a atenção: Revitalização do Centro”

Já no primeiro tópico, aquele estudante me fez sentir satisfeito, por saber que não somos apenas nós pessoas mais antigas que nos preocupamos e gritamos por maior zelo administrativo para com os valores da antiguidade ou com aqueles que devam ser preservados como história. Logo pude entender que se tratava de um jovem de consciência bem formada a ponto de se interessar pelos bens de caráter histórico e que poderão indicar para as futuras gerações, como eram erguidas as antigas edificações; quais os materiais empregados nas construções ou para indicar quais as diferenças de vida, de cultura e progresso de um tempo para outro, em um mesmo lugar e mesmo por descendências de gerações. Dizia Eduardo Humberto, que “confesso que estava ansioso e com grandes expectativas sobre o projeto de revitalização do Centro de Uberlândia. Só não poderia supor a primeira grande intenção apresentada pela Prefeitura: demolir o prédio da Biblioteca Pública Municipal e, no lugar, construir um obelisco indicando o marco zero da cidade. Tenho apenas 19 anos de idade porém alimento o mesmo carinho e preocupação de um ancião com a memória e o futuro da nossa cidade, e com uma intuição que teima em rebaixar o meu otimismo pessoal, vislumbro um futuro desprovido de memória viva e uma grave falta de identidade que não merecemos ter. Uberlândia tem a vergonhosa tradição de desfazer-se de suas riquezas culturais, como uma cidade que nasceu no século 19 possui tão poucos resquícios daquela época? Sendo uma cidade que hoje desponta para o progresso desenfreado deveria manter viva a sua memória, seja ela nas pessoas, em seus costumes, arte e também na arquitetura, para no futuro ter algo a contar às gerações vindouras”. Gostei de ler o artigo “Revitalização do Centro”. Oportuno e bem lembrado por este jovem universitário. Tem nele muita coisa certa e própria para meditação, mas... tenho que ficar por aqui, se quiser ganhar um pouco do espaço. O sentimento pela história da cidade que tem este jovem de 19 anos, se emparelha com o meu próprio sentido pela preservação de nossas lembranças ou bens históricos. Mas, quero dizer uma coisa: por aqui “nestas bandas” sempre houve o costume de mexer no que já está feito, até mesmo sem querer saber se há ou não perdas e danos para os setores culturais etc. Lembro-me de um amigo que tocava um bom engenho de cana. Era um setor industrial de tradição. Dizia ele ser o mesmo muito velho e que ia vendê-lo. Assim o fez, mas o dinheiro arrecadado só deu para comprar um carrinho velho de garapa... aquele mesmo, que ficava à porta da Escola Estadual... Também, depois que derrubaram o prédio do Fórum, para então construir a falida Minascaixa, veio a construção da praça Sérgio Pacheco. O paisagista Burle Marx, chamado pelo prefeito Renato de Freitas, construiu lá um jardim de inverno - beleza pura, mas... com a vinda de um outro grande prefeito, o saudoso Virgílio Galassi, este mandou passar o trator por cima. O povo, como de costume, pagou a conta calado que nem carneiro no fundo do corredor...

Alberto de Oliveira
Jornalista
Uberlândia (MG)