terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Beth e Clarice: Simplesmente


          Uberlândia teve o privilégio de receber nos palcos do Teatro Municipal um dos espetáculos mais aplaudidos e premiados dos últimos anos, seja pela crítica especializada (teatral e literária) e também pelo público em geral. Em dezembro de 2013, o Circuito Grande Otelo finalizou sua temporada na cidade com teatro de altíssima qualidade e com um público ávido por novas experiências artísticas.
          A atriz Beth Goulart encantou de maneira muito delicada e ao mesmo tempo profunda, com o seu monólogo “Simplesmente Eu, Clarice Lispector”. No qual também é responsável pela seleção dos textos, sua transposição à cena e pela própria direção. A soma das funções engrandeceu a encenação, de modo a deixar marcadas as personalidades tanto de Clarice quanto de Beth, na medida em que as duas se misturavam na coragem e no profissionalismo da atriz e na personalidade forte e qualidade dos textos da escritora. A impecável atuação de Beth Goulart propiciou ao público a oportunidade de se conhecer a escritora além do mito.       Clarice sempre foi alvo de especulações e suas obras elevadas a um patamar merecido, porém, que parece fugir do nosso alcance, quando deveria ser o contrário. O teatro mesmo sendo um fenômeno efêmero, encontrou neste projeto condições favoráveis de vislumbrar a vida e obra de uma escritora que sempre se questionou, analisou e buscou vida no ato de escrever. Clarice mesmo dizia: “A palavra é meu domínio sobre o mundo”, esta inquietação que ela sempre expressou em vida é delineada de forma cuidadosa e muito poética, o que resultou na coerência da escolha dos fragmentos de textos, entrevistas e personagens da escritora.
            O cenário de Ronald Teixeira e Leobruno Gama sugere a sutileza do necessário e funcional, o branco predominante nas paredes que parecem abraçar o palco, é também uma tela pronta para as pinceladas de Beth e Clarice, tão bem pontuadas com a iluminação de Maneco Quinderé. Esta metáfora fez com que o processo criativo artístico e literário pulsasse em todas as ações que foram se sucedendo ao longo do espetáculo.
            Um quesito da encenação que chama bastante a atenção é a gestualidade. Sob a direção de movimento de Márcia Rubin, Beth Goulart é precisa: a emoção pontua os gestos com tons harmoniosos, as transições entre a escritora e seus personagens são desenhadas com movimentos limpos e cabíveis, o que demonstra um estado de presença muito forte da atriz e como todo o conjunto de linguagem corporal ganha sentido com a sua intenção e tranquilidade na execução.
            Com todos os atributos, méritos e conquistas já mencionados, este espetáculo vai além de ser uma reverência a uma das maiores escritoras do século 20. “Simplesmente Eu, Clarice Lispector, é acima de tudo, uma homenagem à língua portuguesa, idioma que ela mesma tinha tanta sintonia e veneração quando dizia: “Eu amo a língua portuguesa, ela é um verdadeiro desafio para quem escreve.Eu queria que ela chegasse ao máximo em minhas mãos”.
            Por essas palavras, nota-se a importância da contribuição que Clarice deixou e o porquê seu nome será sempre lembrado quando o assunto for literatura brasileira e devoção ao ato de escrever. Beth Goulart, por sua vez, merecidamente deixa sua marca na história do teatro brasileiro por um trabalho onde o requinte foi amparado pela simplicidade em constante aprimoramento.


Eduardo Humberto Ferreira
Ator, graduado em Teatro (UFU)
eduardohumbertof@yahoo.com

Fonte: http://www.correiodeuberlandia.com.br/pontodevista/2014/01/27/beth-e-clarice-simplesmente/


terça-feira, 31 de dezembro de 2013

(2013)... Um doce pedaço de tempo.


2013 foi o ano de dizer sim à evolução, e também trabalhar por ela com muito amor, afinco e honestidade.

2013 foi o tempo das reflexões mais profundas vividas até então, e elas não ficaram no plano das idéias, foi o momento de praticá-las, buscar ferramentas que auxiliassem e enfim, ter a clara noção de organização dos pensamentos, ações, reações.

2013 foi o tempo de cuidar da família, dar a eles a nossa presença de maneira verdadeira e autêntica. Nasceu nossa linda Maria Júlia para encher mais ainda os nossos corações de amor e felicidade.

2013 foi o momento de cuidar de todos que estavam próximos e também do que estavam chegando, amizades que são presentes preciosos marcaram de maneira muito forte este período.

2013 foi o momento crucial de revisitar todos os perdões de uma existência e revalidar os que necessitavam de um reforço. Este foi o maior feito de todos.

2013 foi o tempo de entendimento de que a felicidade depende, exclusivamente, de nós mesmos, é um estado de espírito que colhemos de ações anteriores, e sua duração depende da nossa gratidão e da capacidade do amor que podemos doar a nós mesmos e ao próximo.

2013 foi o tempo que a fé guiou todos os passos, não há palavras possíveis para descrever o quanto essa força vinda do Alto pôde auxiliar e transformar tudo ao redor.

2013 foi o período de dar valor às coisas mais singelas e simples. Uma boa conversa, um bom café, uma boa leitura, uma boa música, uma boa lembrança, uma boa peça de teatro, um céu todo estrelado, um céu todo iluminado pelo sol logo bem cedo, uma palavra amiga, uma demonstração de confiança, e por aí vai...

Enfim, 2013 propôs a reestruturação do ser com pequenos, e ao mesmo tempo, grandiosos passos, aos poucos novas direções foram apresentadas e abriram caminho para 2014 e todos os anos que ainda estão por vir.

Como dizia o nosso querido Chico Xavier: "Isso também passa", e claro que 2013 passaria, mas suas marcas são indestrutíveis, estão marcadas na minha alma e na de todos que estiveram de alguma maneira ligados a mim, seja presencialmente ou na forma de um pensamento positivo.

UM 2014 ESPECIAL A TODOS!!!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Condenação


Ouvi seus passos,
corri na direção da porta,
me assustei com a sua imagem,
o longe que parecia se aproximar,
estava ainda mais distante...

Intui a sua mensagem,
mas não me permitiu escrevê-la...
A leitura não era lápis-papel,
e sim, olho no olho,
presença com presença,
e todos os sub-textos possíveis.

Eu e o poema
nos transpassamos numa via de mão dupla,
nas voltas do relógio o reencontro é inevitável.
Se ele soubesse que cá escrevo
e que sua aparição virou poesia,
estou condenado a ser poeta.

Sou o poeta agraciado
com a condenação das palavras não ditas,
dos sentimentos não preenchidos,
das dores abafadas,
e dos amores incuráveis.

A sentença não poderia ser melhor:
Escrever, escrever, escrever...
Tornar a efemeridade visível ao futuro,
e dela fazer o meu melhor instrumento de trabalho.

Por isso, arrisco e escrevo...
as dores se acalmam,
minhas palavras são ditas,
os sentimentos se reconfortam
e os amores se tornam bençãos.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Azul-poesia

Eva Wilma como Blanca Estela Ramirez, em Azul Resplendor.

Uberlândia vive um novo e interessante capítulo de sua história cultural. Não que todas as dificuldades históricas de se fazer cultura tenham desaparecido de uma hora para outra, definitivamente não. Entretanto, o pleno funcionamento do Teatro Municipal nos mostra que um capítulo iluminado está sendo escrito a todo vapor e sua ambição maior é deixar marcado de uma vez por todas, o nome de nossa cidade no circuito nacional das artes cênicas.
A última emoção deste capítulo ainda em construção refere-se ao espetáculo “Azul Resplendor”, texto do dramaturgo peruano Eduardo Adrianzén, direção de Renato Borghi, grande nome do teatro brasileiro, e Elcio Nogueira Seixas. O palco do Teatro Municipal recebeu Eva Wilma, Pedro Paulo Rangel, Dalton Vigh, Luciana Borghi, Luciana Brites e Felipe Guerra para uma noite de homenagem aos oitenta anos de vida e sessenta de carreira de Eva Wilma.
A escolha do texto partiu da pesquisa sobre o teatro latino-americano realizada pelos diretores, que visitaram nossos vizinhos e colheram um riquíssimo material sobre a dramaturgia dos países e suas peculiaridades, o que vem se desdobrando em projetos, como a montagem de “Azul Resplendor”, e outros que ainda serão lançados.
Homenagear Eva Wilma e sua carreira brilhante é acima de tudo também reverenciar o teatro, essa proposta norteia toda a encenação, se desenvolve como uma metalinguagem sofisticada, pois encontra nos atores principalmente nos mais experientes, a sustentação necessária para a verossimilhança dos acontecimentos que envolvem os personagens e a realidade nua e crua dos profissionais de teatro, e da cultura em geral.
A metalinguagem é ainda mais poderosa quando se torna uma metáfora da vida em si, a chama de um fósforo que começa com a mágica da luz, avança para o fogo intenso, potente, até que, aos poucos, o calor se desvanece, e quando menos se espera, surge um azul semelhante ao usado para anoitecer os palcos, para assim chegar ao fim inevitável, seja do espetáculo, ou de uma existência. Esta imagem poética é impactante pela simplicidade, está colocada no início e no fim do espetáculo. O ofício do teatro é a própria metalinguagem da vida, isto porque, fazer teatro, estudar teatro, ver teatro nos liga diretamente com a efemeridade da vida e somos convidados a buscar em nós a melhor maneira de lidarmos com isso.
O conflito de gerações entre os personagens Blanca Estela Ramirez (Eva Wilma), Tito Tápia (Pedro Paulo Rangel) e os demais jovens atores, também é um tema bem exposto pela encenação, nos faz refletir como esse embate acontece no dia a dia em todos os setores da vida humana. O velho que é facilmente descartado para dar lugar ao novo, ao dito revolucionário, e muitas vezes sem nenhum embasamento que o qualifique, apenas a falsa pretensão da jovialidade de tudo querer modificar sem a sábia visão do amanhã.
Acredito ser importante deixar registrado momentos como este vividos
por todos que estiveram presentes nas apresentações de “Azul Resplendor”, pois vai além de apenas ter a oportunidade de conhecer pessoalmente o trabalho de atores consagrados e que costumamos ver pela televisão. É uma experiência mais profunda quando temos a real noção de que aquele momento da encenação não volta, mas suscitou em nós espectadores, questionamentos, dúvidas, lembranças, vitórias, fracassos e como o tempo vai nos auxiliando em colocar tudo em seu devido lugar.


Eduardo Humberto Ferreira
               Ator, graduado em Teatro (UFU)

FONTE: http://www.correiodeuberlandia.com.br/pontodevista/2013/12/02/azul-poesia/


domingo, 6 de outubro de 2013

Corrida de nuvens


Sentei à beira da porta
com uma xícara de café,
no céu passava um filme
de nuvens apressadas...

Queria ir junto,
atravessar os espaços,
vislumbrar paisagens,
abraçar os horizontes
E não ter medo de cair no
                                    .
                                    .
                                    .
                                    .
                                    chão...

Chão pode ser o teto,
o céu,
a lua,
a antena,
o meu pé...
A grande queda foi pior,
esfriou o meu café.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Canção do vento e da minha vida


O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.

O vento varria as luzes,
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de cânticos.

O vento varria os sonhos
E as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.

O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.

MANUEL BANDEIRA

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Por não estarem distraídos

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter essa sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes, eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não Então a grande dança dos erros. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem distraídos.

Clarice Lispector

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Discurso





Existe sensação melhor do que a de perdoar? Foi o que me perguntaram.
A consciência respondeu por mim: 
Se existe, nenhum ser humano a experimentou ainda.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Aniversariar


Me disseram que eu tenho direito a um pedido,
mas eram tantos,
soprei a velinha e eles ficaram espalhados pelo ar,
a verdade é que só quero um: SAÚDE!
Porque o resto é resto e sempre será.


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

La Gloria





"Por qué negar que estoy de ti enamorado
de tu dolce alma 
que es toda sentimiento..."

(Jose Antonio Mendez, 
canción La Gloria Eres Tu)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sentimento russo


Ouço muito bem,
já não tocam mais
os sinos de Saint Petersburg.
Com o vestuário da mudez
usaram o livre arbítrio.

sábado, 24 de agosto de 2013

Deveras









A intuição se envaideceu
da desilusão que
deveras foi anunciada.
Só ela sabe como isso termina
                                         [ponto final]

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Embaixada


A noite toda foi de rock,
na manhã fria e cinzenta,
minha alma encarnada era umas das poucas
que circulavam nas ruas do centro.

Sem sono anterior,
vaguei com invejável atenção,
senti a arquitetura,
respirei possibilidades,
visualizei os sonhos verdadeiros.

Na cabeça tocava Barão Vermelho,
um pingue-pongue entre passado e futuro
travava uma disputa justa...
Por fim, atualizei minhas potências
em frente a Embaixada dos Estados Unidos da América.

O futuro venceu,
o passado reconheceu,
e o presente se compadeceu.
O que aconteceu depois?
Ah, o domingo e o seu silêncio.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Reticente


O sonho foi apenas visual. 
Nenhuma palavra foi dita. 
Nossos olhos, em um raro momento de proximidade, 
escreviam tratados de distância e falsa sinceridade.
[Reticências]

domingo, 24 de março de 2013

A cultura da desilusão


Até que ponto podemos manter uma ilusão latente sobre os nossos anseios quando constantemente somos frustrados, desconsiderados e ridicularizados?


Quando decido escrever sobre algum tema, seja ele qual for, prefiro sempre lançar o meu olhar sobre a etimologia da palavra, a curiosidade aponta para o que aquele termo escolhido tem a falar na sua essência. É um caminho surpreendente, pois a partir das definições primárias, a minha capacidade de reflexão se potencializa e a oportunidade de compartilhar com o leitor ganha um poder incalculável.
Após alguns dias de intensa observação e também de análise das muitas experiências dos últimos anos, quiçá de uma vida inteira, tenho percebido que dois vocábulos diferentes na significação estão não somente andando de mãos dadas, como muito bem casados, digo assim para trazer uma imagem poética da situação que no fundo me deixa preocupado, e, portanto, me faz escrever.
O nosso ponto de partida é a palavra “cultura”, do latim colere significa cultivar, é uma definição ampla na sua origem, mas que ao longo da história ganhou mais especificidades pelos grandes pensadores em suas devidas áreas, são ao menos 200 tentativas. Quero pensá-la aqui como um hábito, uma crença analisada e uma postura consciente diante do que vemos do mundo.
Outra palavra que acrescento nesta reflexão é “desilusão”, variante de ilusão que vem do verbo em latim illudo (divertir-se, recrear-se, também burlar e enganar). Iludir se configurou na língua portuguesa com o sentido de uma impressão enganosa ou ter a esperança de algo desejável. Sendo assim, posso definir desilusão como a perda temporária ou definitiva desta esperança, independentemente do grau, há sempre a presença da decepção, uma palavra calejada e muito conhecida quando o assunto é conquistas culturais e suas atribuições em todos os âmbitos.
Até que ponto podemos manter uma ilusão latente sobre os nossos anseios quando constantemente somos frustrados, desconsiderados e ridicularizados? Posso acreditar que haverá crescimento moral, intelectual, físico e até mesmo espiritual do ser humano com teatros fechados, interditados, inacabados ou em ruínas? Difícil. Existe a possibilidade de artistas de todas as áreas serem respeitados, ouvidos e dignificados? Ainda não a vejo. As instituições das diferentes esferas (federal, estadual, municipal e iniciativa privada) algum dia conseguirão dialogar, negociar, ceder, oferecer e promover a arte e a cultura¿ Um “talvez” muito tímido grita dentro de mim. O dinheiro público será respeitado como deveria quando o destino dele for para obras e projetos culturais? A dúvida é sempre maior.
Mergulhado nestas e outras tantas questões relacionadas me autodiagnostiquei com a moléstia que denomino “cultura da desilusão”, porém terei chances de cura quando não usarem a cultura para autopromoção de governos, quando um professor de artes for respeitado por alunos, pais e outros professores, quando todos os espaços culturais estiverem em pleno funcionamento, quando um artista recém-formado em universidade tiver perspectivas de trabalho, quando a população não for mais enganada com falsas beneces, trapaceada e subestimada na sua credulidade de dias melhores, e mais ainda, quando a arte e cultura não forem tratadas com migalhas pelos que têm a ilusão de não precisarem dela para evoluir suas almas. Até quando vai perdurar essa desilusão catastrófica? Existe mesmo a cura? Que a luta nos seja o remédio.

Eduardo Humbertto
Uberlândia (MG)
eduardohumbertto@hotmail.com

FONTE:
Jornal CORREIO de Uberlândia
http://www.correiodeuberlandia.com.br/pontodevista/2013/03/24/a-cultura-da-desilusao/

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O que há de mais sagrado


Poema do amigo e poeta Bruno Gaspari.
Visitem o blog dele, o conteúdo é de alta qualidade. RECOMENDO!
http://bs-bg.blogspot.com.br/

Curtam no Facebook a página: Poeticamente Falando, e receba as atualizações de amigos poetas
http://www.facebook.com/poeticamente.falando1?fref=ts

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Poema do Pranto



Edição: Bruno Gaspari
Publicado em: Poeticamente Falando (Facebook)
Link: http://www.facebook.com/photo.php?fbid=222425584560980&set=a.197098350427037.51791.194948743975331&type=3&theater

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Vocalidades

Por Eduardo Humbertto

As palavras pecam
pelo excesso de sinceridade.
Como um ‘repeat’ quebrado
as facetas de uma mesma voz
me enlouquecem...

As nuances trazem
a fragilidade como sub-texto,
e mais uma vez
acredito em tudo,
atribuindo um atestado de
                                        [confiança].

O tempo, o vento e a vida
não permitem que as palavras fiquem,
apontam para o lado
                               [oposto]
e esperam a minha reação.

Ah! Se ao cessar dos olhos
o silêncio fosse pleno.
Não foi, não é e nunca será.
O que é vivo no coração
lateja por todos os poros em ondas sonoras de esperança.

* Poema finalista no Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade 2011 - SESC-DF. 
* Vai integrar a  Antologia do Prêmio com publicação prevista ainda em 2012.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Alívio

Por Eduardo Humbertto


Hoje me permito
questionar o que se passa,
observo um objeto que
 sempre esteve aqui
                              [e por tempos desprezado].

O empoeirado é um atrativo,
as folhas em branco pedem atenção,
preencho o bloco do poeta e,
venero aquela que chega, a inspiração.

Escrever sempre será
o meu impulso primeiro,
nunca pontual ou autoritário,
de atravessar as fases e...
                                       [saborear os sentidos].

Com a coragem, antes ausente,
 busco a firmeza dos rascunhos,
este combinado de lápis e madeira pálida,
que escondem o que senti um dia e
                                                     [ficou eterno].

sábado, 25 de agosto de 2012

O teatro de rua faz história no bairro Fundinho

HUMBERTTO, Eduardo. O teatro de rua faz história no bairro Fundinho. Jornal Fundinho Cultural. pg 10. Agosto/2012, Ano IX. Uberlândia-MG.

Fotografia: Simone Guaratto

            O sol vibrante e o frio surpresa foram os ingredientes de uma tarde mágica na Praça Clarimundo Carneiro, dentro da programação do Festival Latino Americano de Teatro Ruínas Circulares – 4ª Edição, o bairro Fundinho foi o palco de um dia histórico para o teatro na cidade e toda a região.
              O Grupo Tá Na Rua (RJ), um dos mais importantes e tradicionais do país no que diz respeito ao teatro de rua e referência também no exterior, presenteou a comunidade uberlandense com a apresentação do espetáculo “A Revolta de São Jorge Contra Os Invasores da Lua”, que ocorreu após um Cortejo Teatral no centro da cidade, findando-se na Praça Clarimundo Carneiro. Seus mais de 20 atores contaram a história da chegada do homem à lua e como São Jorge reagiu a esta invasão em seu território, com muita música e guiados pelo diretor/narrador Amir Haddad, grande nome das artes cênicas no Brasil, os atores encenaram a fábula com alegorias, muita expressividade, contato direto com o público e entusiasmo contagiante.

                 O Festival Latino Americano de Teatro Ruínas Circulares é uma realização da Universidade Federal de Uberlândia, e em sua quarta edição trouxe o tema: O Teatro e a Rua. Foi também um momento de prestar homenagens a personalidades do teatro brasileiro: a atriz Ana Carneiro (Professora do Curso de Teatro/UFU) e ao ator e diretor Amir Haddad, ambos são membros fundadores do Grupo Tá Na Rua há 32 anos.

                  As atividades do festival foram espalhadas pela cidade dando possibilidade de acesso para grande parte da população, e claro, o bairro Fundinho mais uma vez foi protagonista de momentos que só a memória tem a capacidade de recriar e guardar para a posteridade.

Eduardo Humbertto
Graduado em Teatro pela
Universidade Federal de Uberlândia
________________________________________________

Confira a versão impressa do Jornal FUNDINHO CULTURAL, pode ser encontrado em diversos pontos da cidade.


sábado, 11 de fevereiro de 2012

[BUDDHA...]


"Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o." (Buddha)

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ELIS: A chama ainda não se apagou


Por Eduardo Humbertto


Há exatos 30 anos, o Brasil era surpreendido com a notícia de sua partida, findava-se ainda no auge de talento e juventude, uma carreira brilhante e singular. ELIS REGINA CARVALHO COSTA, a “Pimentinha”, ou simplesmente “Elis” como preferir, se foi em tempos férteis da música brasileira, onde ela era a maior, inquestionavelmente, e o tempo teima em não dizer o contrário, mesmo após três décadas de ausência física. Me refiro assim, pois ela está presente, viva, jovem, radiante em sua melhor forma até hoje. Talvez seja esse o consolo por se morrer tão jovem e no auge do estrelato.

Não quero somente reforçar elogios à Elis e me perder em adjetivos batidos, mas me posicionar como defensor da memória artística e cultural do Brasil, que muitas vezes não é tratada como o tesouro imaterial que é, com raras exceções. Guardar a memória de um artista é preservar o retrato de uma época, de um sopro de vida em algum lugar do tempo que não coube apenas à época que pertenceu. Elis Regina é um exemplo disto, viveu intensamente uma carreira de poucos mais de vinte anos, que se desdobrou ao longo do tempo, chegando aos dias de hoje ainda como referência a ser alcançada.

Na tentativa de preservar sua memória e contribuição, somos convidados a redescobri-la, o que acontece naturalmente, devido à quantidade e qualidade do repertório que Elis gravou. Passando das mais conhecidas (Fascinação, Maria Maria, Como Nossos pais, O Bêbado e a Equilibrista, Águas de Março, Atrás da Porta), chegando para as menos conhecidas do grande público e com qualidade equivalente (20 anos Blues, Querelas do Brasil, Mestre Sala dos Mares, Agora tá, O rancho da goiabada, Marcha da Quarta-feira de Cinzas, Corrida de Jangada, Sabiá, Na Batucada da Vida, Caxangá, Velha Roupa Colorida, Meio de Campo etc), a cada nova descoberta de pedaços de um repertório tão extenso é como se ela ainda estivesse produzindo, viva como nunca, alimentando a admiração de fãs apaixonados pela música que só ela pôde transmitir com tamanha verdade e entrega, características estas, que mais admiro em um artista, verdade para lidar com a arte e entrega para fazer dela um ofício atemporal.

Este ano, em memória dos últimos 30 sem Elis, será um período de homenagens, relançamentos de discos raros, realização de uma exposição itinerante que passará pelas principais capitais, e apresentação de cinco shows de Maria Rita cantando músicas do repertório da mãe, algo ainda inédito e que promete grandes emoções. Elis se foi cedo, mas deixou uma legítima representante do talento, semelhante na aparência e na voz, mas com personalidade própria. 30 anos depois, Elis é uma chama que ainda não se apagou, e que ainda vai iluminar futuras gerações inspirando brilhantismo e personalidade. VIVA A MÚSICA BRASILEIRA.

"A voz continua, viva e límpida. Continua nos discos e nas fitas. E ainda mais viva e mais límpida na nossa saudade." Luiz Fernando Veríssimo

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

2011: O ano em que me tornei gente grande

Eu tenho muita coisa para compartilhar, não queria ser injusto e deixar passar detalhes de um ano tão importante na minha trajetória como foi 2011. Foi o tempo de muitos acontecimentos, amadurecimentos, decepções, extrema felicidade e tristeza também da mesma forma. Vivi vários tempos dentro de apenas (quase) 365 dias que só agora estão se findando, a impressão que fica é que foram bem mais do que isso, perdi a noção do tempo várias vezes, e esta foi apenas uma das peculiaridades do Sr. 2011.

Quero muito fugir dos clichês e também da pieguice característica que podem emporcalhar registros como este, sendo assim, tentarei discorrer um pouco sobre os fatos/momentos mais importantes.

Pra quem sempre reclamou por não ter férias, janeiro e fevereiro foram cruéis por terem sido tão tediosos, apesar de que paralelamente, já estava me preparando para iniciar a minha montagem de formatura “As Bruxas de Salém”, juntamente com os meus nobres colegas que fecharam 2010 comigo em temporada com o espetáculo “FIM DE PARTIDA”, de Samuel Beckett.

Neste começo tive um surto criativo e escrevi muito, principalmente poemas, surgiram coisas interessantes e outras nem tanto. Isso se deu, devido à abertura da minha escuta interna, tudo que acontecia prendia a minha atenção e automaticamente era desencadeado um processo de análise muito forte, e isto me serviu de subsídio para escrever, expus nos meus escritos sentimentos crus e muito verdadeiros. A vida foi se mostrando como ela é ou deve ser na sua essência, as pessoas vão passando pela peneira da seleção natural, fato este que me deixou muito assustado, muitas não atravessam a peneira por opção. Chega até a ser chocante em alguns casos, mas tudo bem, a vida é assim mesmo, e como bem diz aquela música de Milton Nascimento "tem gente que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais", e assim vou seguindo tentando olhar pra frente mas não deixando totalmente de olhar o que passou.

Tantas coisas boas aconteceram na minha vida, um milhão de oportunidades de ouro todas ao mesmo tempo, temi até não conseguir suprir todas, mas a minha força foi se renovando a cada desafio. Se 2010 foi um ano das maiores oportunidades que me surgiram, 2011 em seus três primeiros meses já me deixava sem fôlego.

O teatro mais uma vez foi o meu apoio mais sincero, apesar de ser o que mais me exigiu, por outro lado, também foi o que mais me consolou nas minhas lamuriações. Experienciei o processo mais intenso que ele pôde me proporcionar até hoje, montar "As Bruxas de Salém" não poderia ter vindo em momento melhor, no que diz respeito à significação que isso sugere a mim particularmente, caçar as bruxas em si mesmo e nos outros foi uma tarefa surpreendente em todos os sentidos.

Paralelamente, ao processo de montagem no teatro (daqui a pouco retomo mais detalhes), recebi alguns reconhecimentos literários importantes, e pude participar de duas antologias publicadas em São Paulo-SP, uma pela Scortecci Editora e outra pela BELACOP Livros, recebi alguns exemplares em casa e compartilhei com familiares, amigos e admiradores do meu trabalho. E agora no final do ano, obtive mais um reconhecimento através do Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade, fui um dos finalistas e vou integrar, juntamente com mais 34 autores selecionados, uma antologia do prêmio prevista para o ano que vem, e que terá publicação em Brasília, promovida pelo SESC-DF.

Voltando agora um pouco no calendário, em abril organizei uma aula de campo da faculdade em São Paulo-SP. Tudo começou ainda nas férias letivas de janeiro/fevereiro, ter novamente um contato com o Armazém Cia de Teatro já era uma necessidade desde o arrebatador "Inveja Dos Anjos", a partir da minha idéia inicial, movi tudo para que se tornasse realidade.
Mobilizei pessoas a fim de compartilhar comigo tudo que um grupo de teatro tem de melhor a oferecer: Teatro em estado puríssimo.
Foram dias e mais dias de produção, contatos, reservas, pagamentos, confirmações, envios, recebimentos, enfim, tudo que uma produção vitoriosa tem que passar para merecer ser chamada de vitoriosa. Pude conferir o espetáculo "Antes da Coisa Toda Começar", novo trabalho do Armazém Cia. de Teatro, estar com eles foi o que me motivou a organizar e articular a ida a São Paulo. E mais ainda foi sentir que todo o esforço valeu a pena.
Uma das grandes surpresas da noite, foi o presente que recebi do diretor Paulo de Morais, um DVD do espetáculo "Inveja Dos Anjos", na hora fiquei sem palavras, sem ação, porém, muito emocionado com a atenção e carinho do grupo comigo. É uma coisa que nunca mais sai da minha memória, seja enquanto artista ou enquanto pessoa. Quero muito agradecê-los, deixando claro mais uma vez a minha admiração por todos eles, e que continuem nos presenteando a cada trabalho.

Retornei a Blumenau em julho, para mais uma edição da Jornada Latino Americana de Estudos Teatrais, promovida pela Universidade Regional de Blumenau, foi apresentar o pôster intitulado: “Formação de Espectadores, o teatro de rua como possibilidade de formação de espectadores na cidade de Uberlândia”, sob orientação da Profª Drª Ana Carneiro. Foi mais um momento importante de troca e diálogo com as pesquisas em teatro que estão acontecendo atualmente no Brasil e na América Latina. O frio foi um presente à parte, afinal nunca tinha pegado 2ºC. Experiência única.

De aniversário ganhei a minha CNH, depois de tempos com tantos entraves, finalmente a conquistei, finalizando um processo de muita baixaria, falta de respeito e extorsão feitos por uma auto-escola renovada da cidade. Enfim, deixei para que a vida cuidasse disso, e acho que foi a melhor escolha. Procurei uma outra auto-escola que realmente valesse a pena e finalmente, o documento veio no momento em que eu mais precisava. Graças.

Voltando ao espetáculo “As Bruxas de Salém”, estreiamos como convidados no Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, dentro da Mostra das Escolas Mineiras de Ensino Superior, dia 19 de julho às 20h, nos palcos do Teatro Ouro Preto, o trabalho foi mostrado pela primeira vez, contamos com um público presente e muito atento. Estar ali foi um presente, para todos do grupo, pois lutamos muito para que o espetáculo acontecesse, abrimos mão de férias, finais de semana, contato com a família, relacionamentos, enfim, para nos dedicarmos ao trabalho, e com certeza fomos recompensados. Voltamos para Uberlândia, e fizemos uma temporada muito positiva, com grande participação do público da cidade, principalmente o não-acadêmico. Dificuldades apareceram aos montes, mas o grupo soube contorná-las com muita atenção e disponibilidade, e fizemos valer a nossa intenção que era mostrar o trabalho o maior número de vezes possível.

2011 também foi o ano dos grandes presentes, em setembro entrei em um avião pela primeira vez para realizar um sonho, que num primeiro momento até considerei um pouco de loucura, mas que resolvi lutar para que se tornasse algo real e concreto. Cheguei ao Rio de Janeiro para presenciar o maior Festival de Música do Mundo, o 'ROCK IN RIO', oportunidade única e marcante. Na noite do dia 24/09 juntamente com mais de 100 mil pessoas vivi o melhor show da minha vida com o RED HOT CHILI PEPPERS, ao vivo e a cores televisionado para o mundo inteiro. Enfim, é muito impactante ter noção de ver um sonho se realizando na sua frente como foi estar no Rio e envolto a tudo que foi aqueles dias.
Por isso defendo que devemos sonhar sim, mas acima de tudo lutar para que os nossos sonhos se tornem reais, ter essa experiência me trouxe muita consciência nesse sentido. Acreditar e lutar são os ingredientes principais para uma coisa que grande parte das pessoas buscam em todos os setores da vida: REALIZAÇÃO.

2011 vai se finalizando, e junto com ele a minha graduação em Teatro. Após quatro anos e meio de muita luta, percalços, alegrias, surpresas, superação, tristezas, crises, indignações, brigas, mal-entendidos, belíssimas viagens, preciosas oportunidades etc, o meu tempo lá se esgotou, chegou a hora de buscar novos ares, novas pessoas, novas oportunidades e novas superações. E espero que 2012 traga isso embutido nos seus mistérios, e que daqui um ano eu possa estar aqui novamente contando tudo o que ele me aprontou, e considerando como saldo positivo, como foi 2011. Não consegui dizer tudo, mas a maior parte de tudo está aí, mesmo que talvez um pouco subliminarmente.
Termino com uma frase que resume o meu atual momento, e as minhas expectativas para o ano que vai se iniciar.

"Não sei onde vou chegar, só sei que estou no caminho."

E que venha o Sr. 2012. Modificar o que precisa ser modificado.
Forte abraço a todos.

domingo, 27 de novembro de 2011

"A Pantera e o Garotão", uma noite em memória do Teatro Brasileiro

Olá amigos...
Venho compartilhar com vocês mais uma grande experiência que vivi esta semana em viagem a Brasília, tive o privilégio de conhecer a atriz MARIA ALICE VERGUEIRO. E claro, o "Tapa na Pantera" foi apenas um dos trabalhos da grande atriz que ela é com mais de 50 anos de atividade. Melhor do que estudar a história do Teatro Brasileiro no século XX, é ouví-la de quem a presenciou e fez parte dela. Conheci o projeto 'Mitos do Teatro Brasileiro' no CCBB-DF, patrocinado e apresentado pelo Banco do Brasil e Ministério da Cultura, este especificamente em homenagem à Dina Sfat, com as participações especiais de Edney Giovenazzi e claro, da Maria Alice que conviveram e trabalharam com Dina, depoimentos emocionantes e cheios de detalhes que a história muitas vezes não conta.

Maria Alice me recebeu com tamanha disponibilidade e atenção que me impressionaram, conversamos um pouco e claro, não poderia deixar de registrar esse momento.

Enfim... o grande barato disso tudo é poder entrar com contato com as gerações que nos antecederam, devemos sempre recorrer à memória dos que vieram antes de nós para buscar o entendimento de nós mesmos, precisamos desse contato, mesmo que talvez não ocorra pessoalmente como tive a sorte, mas temos algumas possibilidades interessantes (livros, entrevistas, biografias, depoimentos etc).

VIVA O TEATRO E OS SEUS ENCONTROS!
VIVA A MEMÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO!

sábado, 5 de novembro de 2011

Nova fase!

Estou inaugurando uma nova fase do blog "ESCREVER PRA VIVER", e para comemorar um design novo foi pensado e colocado em prática pra facilitar a leitura e navegação.
2012 vem trazendo muitas novidades, ao poucos vou compartilhando com vocês, e aumentar a minha produção bibliográfica é um compromisso com todos vocês que me acompanham.

Um abraço e aguardem os próximos posts.

domingo, 9 de outubro de 2011

Prêmio Literário!


Resultado - Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade

Adolfo Boiça Moinhos - Aracnocilia - MG
Carlos Eugênio da Silva Rêgo - Enredo cortado em vários pontos - DF
Cristopher Zandoná Schneider - Beleza Esquecida - RS
Daniel Retamoso Palma - Ventanas - RS
Denivaldo Piaia - Benditos os frutos - SP
Éder Rodrigues - Eternamente Manoel - MG
Eduardo Humberto Ferreira - Vocalidades - MG
Felipe Fernandes Freitas - Pequena Retratação - DF
Francinilto Batista de Almeida - Lições de Vida - CE
Francisco Alves Gomes - O riso e o louco - DF
João Elias Antunes de Oliveira - Herança - DF
Jorge Amâncio - Página 13 - DF
José Carlos Santos Peres - A vida num tango - SP
Juliana Aparecida Moreira - Primeiras Lições - SP
Juliana Diniz Bernardo - Lapidar - SP
Leonardo Motta Tavares - Indigesto Irrecusável - DF
Luis Cunha Pimentel - A musa reclusa - RJ
Manuel Carlos Montenegro - JJ 3071 - BSB-POA - DF
Mara Lúcia Senna Oliveira Vieira - Estrada - SP
Márcio Davie Claudino da Cruz - Para viver uma grande dor - PR
Marcos Airton de Sousa Freitas - Férrea Estação - DF
Maria Margarete de Souza - De seabra à feira - DF
Mariane de Campos Severino - Utopia - SP
Morvan Ulhoa de Faria - O amor é transmitido de pessoa a peçonha - DF
Paulo Franco - A bica - SP
Paulo Gléri Bacedônio - Ventoavante - RS
Paulo Roberto da Silva Nunes - Horas de silêncio - DF
Paulo Sérgio Sena Santos - Criatura - DF
Paulo Sérgio Sena Santos - Sobre o tempo - DF
Reinaldo Ramos da Silva - Mesmo de mim - RJ
Ricardo Carranza - A lenda da Flor - SP
Rogério Luz - Ritual - RJ
Rosana Banharoli - Antagônico - SP
Rui Werneck de Capistrano - Brechó de Novidades - PR
Silvana Michele Ramos - Exploração - PA