terça-feira, 4 de setembro de 2012

Alívio

Por Eduardo Humbertto


Hoje me permito
questionar o que se passa,
observo um objeto que
 sempre esteve aqui
                              [e por tempos desprezado].

O empoeirado é um atrativo,
as folhas em branco pedem atenção,
preencho o bloco do poeta e,
venero aquela que chega, a inspiração.

Escrever sempre será
o meu impulso primeiro,
nunca pontual ou autoritário,
de atravessar as fases e...
                                       [saborear os sentidos].

Com a coragem, antes ausente,
 busco a firmeza dos rascunhos,
este combinado de lápis e madeira pálida,
que escondem o que senti um dia e
                                                     [ficou eterno].

Um comentário:

André Foltran disse...

Sim... A necessidade de escrever. Se não respira: morre; se não anda: trava; se não escreve... se não escreve: explode!
E que alívio é poder, enfim, despejar tudo no papel, eternizar...
Belo poema!

Grande abraço,
André