sábado, 2 de outubro de 2010

Ruir-se



[Trecho do poema...]

O outro rui,
minha casa rui,
meu cachorro rui,
o Ravel na prateleira rui,
por conseqüência o meu ser também rui,
respiro a poeira que está sob a cômoda,
tão dissimulada e parada
que contamina e faz o tempo impreciso...

*Poema inspirado livremente no universo da obra de Samuel Beckett (dramaturgo e escritor irlandês)

02/10/2010
Às 17:05h
Uberlândia-MG

2 comentários:

Carolina Cadima disse...

Sempre gostei muito das suas palavras, cuidadosamente escritas, como uma obra de arte.

Mas quando você fala do caos com palavras tão bem escritas, afirmo e reafirmo que a palavra é uma arte.

Lindo seu poema.
Ainda hoje conversava com alguém muito especial sobre a beleza dentro do caos, da imagem forte, como o cortiço.

grande beijo.

Adrielly Soares disse...

Não vou conseguir falar melhor que a Carolina, então faço dela as minhas palavras.

"Sempre gostei muito das suas palavras, cuidadosamente escritas, como uma obra de arte.

Mas quando você fala do caos com palavras tão bem escritas, afirmo e reafirmo que a palavra é uma arte.

Lindo seu poema."