quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Vocalidades

Por Eduardo Humbertto

As palavras pecam
pelo excesso de sinceridade.
Como um ‘repeat’ quebrado
as facetas de uma mesma voz
me enlouquecem...

As nuances trazem
a fragilidade como sub-texto,
e mais uma vez
acredito em tudo,
atribuindo um atestado de
                                        [confiança].

O tempo, o vento e a vida
não permitem que as palavras fiquem,
apontam para o lado
                               [oposto]
e esperam a minha reação.

Ah! Se ao cessar dos olhos
o silêncio fosse pleno.
Não foi, não é e nunca será.
O que é vivo no coração
lateja por todos os poros em ondas sonoras de esperança.

* Poema finalista no Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade 2011 - SESC-DF. 
* Vai integrar a  Antologia do Prêmio com publicação prevista ainda em 2012.

2 comentários:

André Foltran disse...

Li esse teu poema a alguns dias e queria comentar com estilo (digo, em vários tons), e dizer-te as nuances que percebo em cada verso, em cada palavra unida em outra e em outra, mas isso eu não fiz - e nem farei.
Acho, as palavras pecam pelo excesso de "sonoridade", por isso calo-me. E fico cá a ouvir, latejante, tua poesia...

Grande abraço,
André

Lou Witt disse...

Muitoooo bom!!!

Gostei da tua escrita!!!

abraços